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Polícia averigua se Máfia dos Parasitas pagou políticos

Material apreendido confirmou que o grupo realiza aproximação com agentes públicos e oferece vantagens

Por AE
Atualização:

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu anotações de pagamentos a vários candidatos a prefeito e políticos na sede da Home Care, em Guarulhos, além de minutas de editais de licitações para prefeituras sob a mira da máfia dos parasitas. Entre as prefeituras supostamente envolvidas no esquema fraudulento investigado pela Unidade de Inteligência Policial (UIP) do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), estaria a de São Carlos, no interior paulista. Na casa de Leda Batistela Ferreira Pereira, ex-mulher de Renato Pereira Júnior, sócio da Home Care, os investigadores apreenderam títulos de propriedade de offshores que, segundo o relatório, são usadas pelo grupo para dissimular a propriedade das empresas dos envolvidos no suposto esquema. Também teria ficado "bem estabelecida" a relação de laranjas nas sociedades, como no caso de um motorista que consta como procurador da Velox Overseas S/A, com sede no Panamá. O material apreendido durante a Operação Parasitas - missão estadual deflagrada em 30 de outubro para apurar suspeita de fraude em licitações - confirmou que o grupo realiza aproximação com agentes públicos e oferece vantagens para "representantes do Executivo e do Legislativo". Também daria contribuição a candidatos a cargos políticos, "sobretudo com doações, uso de helicópteros para os deslocamentos, etc". Os policiais da UIP e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apreenderam aproximadamente 100 malotes com documentos. Até agora, apenas metade deles foi verificado, o suficiente para a polícia e o Gaeco tomarem a decisão de abrir um inquérito para apurar especificamente as fraudes nas prefeituras. Inicialmente, a máfia era suspeita de agir em 29 prefeituras de quatro Estados - Rio, São Paulo, Minas e Goiás. No curso da operação, no entanto, foram apreendidos documentos que mostram que a atuação do grupo seria mais ampla, envolvendo um número maior de prefeituras e Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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