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Podemos deve unir irmãos Osmar e Alvaro Dias novamente após 15 anos

Os dois participam neste sábado em Brasília do lançamento do partido, novo nome do PTN

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Por Thiago Faria
Atualização:
Senador Alvaro Dias (PV-PR) Foto: Dida Sampaio/Estadão - 09.11.2013

BRASÍLIA - Expulsos do PSDB em 2001, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, os irmãos Alvaro Dias e Osmar Dias podem voltar a atuar juntos após quase 15 anos em campos opostos.

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Durante este período,Osmar esteve filiado ao PDT, aliado dos governos petistas, enquanto Alvaro retornou ao PSDB pouco depois, em 2003. "Na época pedi para que convidassem primeiro o Osmar, mas ele não quis", conta o senador, hoje no PV. 

Alvaro vai novamente mudar de legenda e assina neste sábado (1º) sua filiação ao Podemos, novo nome do PTN. Sua intenção é disputar a Presidência da República em 2018. Ele tenta levar o irmão, Osmar, para ser candidato ao governo do Paraná pela nova sigla e, assim, retomar a dobradinha que já tiveram no governo do Paraná (como governador e secretário) e no próprio Senado. "Houve uma separação de partidos, mas jamais uma separação de pensamentos e ideias. Sempre tivemos um relacionamento de irmãos", afirmou Osmar ao Estado. Ele participa hoje do ato de assinatura da filiação do irmão ao Podemos em Brasília."Em qualquer partido que eu esteja o meu candidato a presidente é o Álvaro."

Esse companheirismo mesmo em campos opostos já causou situações inusitadas, como em 2010, quando o então senador Osmar Dias teve a candidatura ao governo do Paraná ameaçada após o irmão ser anunciado como vice na chapa presidencial de José Serra. Na época, a candidatura de Osmar tinha o apoio do PT e serviria de palanque para Dilma Rousseff no Estado.

Alvaro acabou sendo barrado pelo DEM, que indicou Índio da Costa como vice de Serra, e Osmar se candidatou, mas perdeu a corrida eleitoral pelo Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense, para o tucano Beto Richa.

Antes de oficializar o reencontro partidário da família, Osmar diz preferir analisar o cenário eleitoral local. "A possibilidade de estar no Podemos é concreta, mas não farei esse movimento por enquanto. As questões têm que ser feitas em etapas", afirma.

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