Pnad: Poucos lares têm computadores, mas internet se populariza aos saltos

38,7 milhões de brasileiros (21% da população) acessaram a rede mundial de computadores pelo menos uma vez em 2005

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Por Agencia Estado
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Website, home page, e-mail. A internet se populariza aos saltos: 38,7 milhões de brasileiros (21% da população) acessaram a rede mundial de computadores pelo menos uma vez em 2005, nos meses que antecederam a coleta de dados da pesquisa, feita em setembro. A massificação da linguagem digital ocorre independente do ainda baixo índice de propriedade de computadores pessoais: apenas 18,6% dos lares, das mais de 53 milhões de residências visitadas pelos pesquisadores, dispunham do equipamento. Os acessos foram feitos, principalmente, no trabalho, na escola, na casa de amigos ou em "cybers". E o grande contingente nacional de internautas é formado por adolescentes e crianças. Na faixa de 10 a 14 anos, 24,4% das crianças haviam acessado a rede; porcentual que sobe para 33,9% entre os adolescentes com idade entre 15 e 17 anos. O pelotão vai se rarefazendo progressivamente, à medida em que a idade avança. Entre pessoas com mais de 60 anos, o acesso correspondeu a apenas 3,3% delas. Apesar da disseminação, o acesso à internet está concentrado nas camadas da população com rendimento e nível de instrução mais altos e microcomputador ainda é um aparelho raro na maior parte do País. No Maranhão, o "lanterninha" dos Estados brasileiros em desenvolvimento e renda, só está presente em 4,1 dos domicílios. Mas, mesmo em Brasília, o centro da digitalização nacional, a existência de computador não chega a 40% das casas (36,4%) e em São Paulo, o porcentual é de 28,9%. Celular O IBGE pesquisou, também pela primeira vez, a posse de telefone celular para uso pessoal e comprovou o que as operadoras de telefonia já haviam constatado: a explosão dos aparelhos celulares já é suficiente para desbancar a telefonia fixa. Em 2005, 12,3 milhões de domicílios (23,6%) contavam apenas com aparelhos de telefonia móvel. É o dobro da quantidade das casas onde existia apenas telefone fixo: 6,5 milhões (12,5%). A região Centro-Oeste é a que tem a maior proporção de domicílios particulares com apenas celular: 32,8%. O aumento no número de celulares veio a galope. Quatro anos antes, 7,8% dos lares contavam apenas com linha celular, enquanto uma quantidade quatro vezes maior (27,9%) tinham somente telefone fixo. A inversão da relação, constatada no ano passado foi um fato inédito desde a chegada dos celulares ao mercado brasileiro, em 1992. O porcentual de residências com telefone fixo e móvel ficou em 36,3%.

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