O PMDB recorreu há pouco contra o arquivamento da representação que o partido apresentou ao Conselho de Ética contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). A representação foi arquivada ontem, pelo presidente do conselho, senador Paulo Duque (PMDB-RJ).
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"Importa considerar que todas as imputações são muito graves e, uma vez confessadas pelo representado, a Representação necessita ser registrada", diz o recurso. O documento é assinado por cinco senadores: Almeida Lima (PMDB-ES), Wellington Salgado (PMDB-MG), Gilvam Borges (PMDB-AP), Gim Argelo (PTB-DF) e Inácio Arruda (PCdoB-CE).
Arthur Virgílio é acusado na representação do PMDB de manter em seu gabinete um funcionário fantasma, de pedir empréstimo a um ex-diretor do Senado para pagar despesas pessoais e de ter usado indevidamente o plano de saúde do Senado para tratamento da mãe (já falecida).
No despacho que pede arquivamento da representação contra o tucano, Paulo Duque diz: "Não pode este conselho ser instrumento de ação político-partidária nem substituir o eleitor em sua decisão soberana como titular do poder". Esse foi o mesmo argumento que Duque utilizou para arquivar 11 ações apresentadas ao Conselho contra o presidente do Senado, José Sarney.