PMDB quer eleger 100 prefeitos no Estado de SP

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Por Daiene Cardoso
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Em reunião na manhã de hoje no escritório político do vice-presidente da República Michel Temer, em São Paulo, a direção estadual do PMDB definiu as linhas gerais de atuação no Estado em relação às eleições municipais de 2012. Em resolução aprovada pela Executiva, ficou decidido que todos os diretórios municipais serão obrigados a lançar candidatos a prefeito ou vice-prefeito em 2012.Nos casos em que não for possível indicar candidato próprio, a decisão sobre a coligação local será tomada pelo diretório estadual. "Temos de fazer no mínimo 100 prefeitos", disse o presidente da coordenação provisória da legenda em São Paulo, deputado estadual Baleia Rossi.Rossi afirmou que o partido precisa aumentar seu tamanho em São Paulo, onde tem 70 prefeitos, 1 deputado federal e 5 deputados estaduais. "É muito pouco para um partido que tem história e o tamanho que tem nos outros Estados, graças à direção nacional", disse. "Temos de partir do modelo de sucesso do nacional para o Estado".Com a morte em dezembro do ex-governador Orestes Quércia, que era presidente regional da legenda, Rossi foi designado para comandar o partido até o fim deste ano, quando haverá convenção para eleger novo diretório estadual. O deputado deixou claro que, sob sua liderança, os peemedebistas seguirão o vice-presidente da República. "É um momento muito importante do PMDB paulista, alinhado 100% com o projeto de Michel Temer, nosso líder", afirmou.Segundo Temer, o PMDB paulista entra agora numa fase de sintonia com a Executiva Nacional. "Há um alinhamento total entre o PMDB de São Paulo e o PMDB nacional, o que não tinha antes. Era complicado porque havia outras tendências em São Paulo. Hoje a tendência é uniforme", disse Temer, que enfrentava resistências de Orestes Quércia no Estado. "Infelizmente, o PMDB de São Paulo perdeu espaço nas questões nacionais", lamentou Rossi, durante a reunião.DiretrizDe acordo com o vice-presidente, a sigla vai trabalhar a partir de agora para ter uma diretriz única e aprovada por uma maioria. "Hoje todos se convenceram de que o partido, para ser forte, para ter respeitabilidade política e respeito da opinião pública, tem de ter decisões tomadas pela maioria", ressaltou. Temer citou como exemplo a atuação do partido na aprovação do salário mínimo pela Câmara dos Deputados."O PMDB da Câmara votou, sem nenhuma exceção, em uma única direção", lembrou.Para crescer e ser capaz de apresentar um número maior de candidatos em 2012, as lideranças buscam nomes para reforçar a legenda onde não há "densidade eleitoral". Este ano o partido conseguiu a filiação de Nilson Bonome, que pode ser candidato a prefeito de Santo André, e até o fim do mês espera incorporar o ex-deputado federal e ex-prefeito de Sorocaba Renato Amary (hoje no PSDB). "Isso dá uma injeção de ânimo muito grande no partido", afirmou Rossi.A busca por novos nomes também ocorre na capital, onde o PMDB quer ter candidato próprio à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (DEM). "Tivemos uma conversa muito boa com o Chalita para que ele possa vir a ser o nosso candidato a prefeito da capital", afirmou Rossi, referindo-se ao deputado federal Gabriel Chalita, do PSB.

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