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PMDB quer apressar CPI da Corrupção

Por Agencia Estado
Atualização:

O PMDB não aguardará de braços cruzados o resultado do processo de cassação contra os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF). A cúpula do partido avalia que ACM saiu-se muito mal no depoimento de ontem à tarde ao Conselho de Ética do Senado e já sabe o que fazer para evitar que o presidente do Senado e do PMDB, Jader Barbalho (PA), seja o próximo senador cassado: apressar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ampla para apurar corrupção no País. O próprio Jader já avisou aos cardeais do partido que instalará rapidamente a CPI da Corrupção, assim que a Mesa Diretora do Congresso receber a lista de assinaturas dos deputados requerendo a investigação. "A teoria da bola da vez é perigosa porque o presidente Fernando Henrique Cardoso pode ser o próximo", resume um dirigente nacional do PMDB. O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), é outro que deixou claro que não moverá mais um dedo para evitar a CPI. "Já fiz o que tinha que fazer; o que foi possível fazer está feito", disse Geddel ontem à tarde. "A partir de agora, o PMDB é um partido de homens e mulheres livres para agirem e votarem segundo suas consciências", completou. Sudam Indagado sobre a abertura de uma CPI para investigar seu envolvimento em denúncias de corrupção na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Jader também não teve dúvidas: "Em um regime democrático, todas as apurações necessárias devem ser processadas, sejam contra um senador, sua mulher ou o presidente da República, porque ninguém está acima de qualquer investigação." Com as assinaturas dos deputados e senadores nas mãos, o presidente do Senado fará em plenário a leitura do requerimento pedindo a abertura do inquérito e solicitará aos líderes partidários que indiquem seus membros. "Ao presidente cabe apenas cumprir o regimento", resume Jader. "O PMDB não retardará a CPI", completa outro importante cardeal do partido.

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