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PMDB pressiona Câmara a aprovar Octávio para TCU

Senadores começarão a votar a indicação do nome do deputado Aroldo Cedraz somente quando a Câmara começar a apreciar o nome de Luiz Octávio

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Por Agencia Estado
Atualização:

Para assegurar a aprovação da indicação do senador Luiz Octávio (PMDB-PA) para o cargo vitalício de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o PMDB decidiu promover uma "coincidência" entre as votações desta quarta-feira da Câmara e do Senado. Somente quando a Câmara começar a apreciar a indicação do nome de Octávio, no final da tarde, os senadores começarão a votar a indicação do nome do deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA), escolhido pelos deputados, na semana passada, para ser o novo representante da Casa no TCU. Os senadores peemedebistas pretendem, com a "coincidência", condicionar a aprovação do nome de Cedraz à aprovação do nome de Octávio. A indicação do senador é vista com apreensão por representantes do TCU e entidades representativas de técnicos do tribunal, como a União dos Auditores de Controle Externo (Auditar). Em 2001, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, moveu ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Octávio, acusando-o de envolvimento em fraude contra o Banco do Brasil (BB) no valor de R$ 13 milhões. Em investigação da Polícia Federal, o senador do PMDB foi apontado como um dos envolvidos no escândalo da compra de 13 balsas de transporte que seriam construídas pelo estaleiro Ebal, do Pará, com financiamento do BB. Na época, Octávio pedira o empréstimo ao BB para aquisição das novas balsas, mas, depois, foi constatado que as embarcações apresentadas eram embarcações antigas que haviam sido "maquiadas". Em ação apresentada contra Octávio em 2004, o advogado Ricardo Cubas sustenta que o senador não atende à exigência constitucional de reputação ilibada para ingressar no TCU. A indicação do nome de Octávio pelo PMDB está engavetada na Câmara desde 2004. Ele não foi reeleito, e seu atual mandato termina no fim do ano.

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