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PMDB pedirá arquivamento de ação contra Jader

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Por Agencia Estado
Atualização:

O PMDB vai apresentar voto em separado na sessão do Conselho de Ética do Senado, aconselhando o arquivamento do processo contra o ex-presidente do Casa, Jader Barbalho (PMDB-PA). Na mesma sessão, o presidente do Conselho, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) deverá receber o relatório do corregedor Romeu Tuma (PFL-SP) sugerindo nova investigação contra Jader por suspeita de seu envolvimento nas fraudes de financiamentos da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O voto em separado será apresentado pelo senador Nabor Junior (PMDB-AC), que fez o pedido de vistas na última sessão, na semana passada. "Vou demonstrar, neste meu parecer, que as acusações contra Jader são infundadas", afirmou Nabor. O senador acreano deverá apresentar novos documentos, do Banco Central e do Itaú, contestando o relatório feito pela comissão de investigação, integrada por Tuma, Jefferson Peres (PDT-AM) e João Alberto (PMDB-MA). O PMDB joga com a possibilidade remota de o voto em separado de Nabor ganhar respaldo, principalmente entre os senadores da bancada governista. Na votação anterior do Conselho de Ética, os parlamentares da situação votaram favoravelmente ao pedido da oposição, de recomendar a Jader que não assumisse a presidência do Senado enquanto estivesse investigado. A proposta ganhou apoio ao ponto de Jader renunciar à presidência do Senado. Se prevalecer a lógica da última votação, o relatório propondo a abertura de processo contra o ex-presidente do Senado será aprovado por dez votos contra seis, derrotando o parecer feito por Nabor Junior. "Mas estamos jogando pela aprovação do nosso relatório", ressalta Nabor. Como corregedor, Tuma deve pedir nova investigação contra Jader pelos desvios de recursos da Sudam, baseando-se nos documentos recebidos na semana passada do delegado federal Hélbio Dias Leite, que preside o inquérito sobre as fraudes na autarquia. "É necessário consultar o delegado, os cheques que fazem parte do dossiê recebido e até mesmo esperar a quebra de sigilo bancário solicitado pela PF para comprovar, ou não, se o senador Jader recebeu dinheiro, como acusaram alguns empresários", afirmou Tuma. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso, recorreu ao Tribunal de Justiça do Pará para obter documentos relacionados aos desvios do Banpará, a fim de enviá-los à Polícia Federal. Há mais de um mês, Velloso requereu os papéis à 6ª. Vara Criminal de Belém, não recebeu resposta.

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