PUBLICIDADE

PMDB pede a FHC alternativa a Itamar

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A cúpula do PMDB deu um prazo de 60 dias ao presidente Fernando Henrique Cardoso para apresentar um projeto de candidatura a presidente para a sucessão de 2002. Pressionados pela pré-candidatura presidencial do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), caciques peemedebistas resolveram dar um ultimato ao presidente. O PMDB governista quer ter uma alternativa concreta de candidatura até setembro para convencer os correligionários a rejeitar a opção Itamar na convenção nacional do partido. Num encontro ocorrido no Palácio da Alvorada, no dia 24, o presidente do Congresso, senador Jader Barbalho (PMDB-PA), e o líder da legenda, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentaram a Fernando Henrique o dilema atual da sigla: continuar com o governo ou acompanhar a candidatura de Itamar. "Num prazo de dois meses, é preciso apresentar um projeto de sucessão, com o lançamento de um nome, para a sustentação política do governo", advertiu Jader. O PMDB não sugeriu nomes nesta reunião, mas a agremiação havia dado sinais ao presidente de que a única possibilidade de trabalhar pela aliança em 2002 seria com a antecipação da candidatura do ministro da Saúde, José Serra. Qualquer outro nome não terá o apoio do PMDB. Neste caso, o principal candidato a vice-presidente é o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que esteve na última terça-feira em Brasília para uma conversa com Fernando Henrique. Neste encontro, o governador teria deixado clara a disposição de trocar de partido caso a legenda optasse por uma candidatura de oposição ao Planalto. Fernando Henrique evitou uma resposta definitiva no encontro do Alvorada. Preferiu fazer uma análise do quadro político. "O projeto precisa partir dos Estados, já que, diferente das eleições de 1998, em 2002 as principais dificuldades para uma aliança são regionais", disse Fernando Henrique. Ele também listou aqueles que seriam os pré-candidatos do Planalto: além de Serra, os governadores do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB-CE), e de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Quanto a este último, Fernando Henrique fez a ressalva de que a candidatura está "muito verde", o que dificultaria a articulação do Planalto. Da mesma forma que os peemedebistas rejeitam Jereissati, o PFL também deu sinais de que não aceitará a candidatura Serra. Diante do racha interno iminente nas duas legendas, a dificuldade do governo é que, em qualquer das duas opções de candidatura, ele não contará com o apoio integral do PFL ou do PMDB. Entre os pefelistas, especula-se que o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) tenderia a apoiar a candidatura oposicionista do ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes, levando não só a Bahia, como também os descontentes de vários Estados. Mas o PPS não será uma alternativa fácil, uma vez que o presidente da sigla, senador Roberto Freire (PE), antecipa desde agora o veto a uma parceria com ACM. Em conversas com amigos, ACM costuma repetir que o Nordeste precisa marchar unido para a corrida presidencial. "Juntos, seríamos invencíveis."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.