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'PMDB não vai aceitar ser constrangido pelo PT', diz Cunha

Presidente da Câmara fez duros ataques ao PT após protesto que terminou com tumulto em João Pessoa, na Paraíba

Por Isadora Peron
Atualização:

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez duros ataques ao PT após o protesto que terminou em tumulto na última sexta-feira, 10, enquanto ele participava de uma adiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa.

O presidente da Câmara também criticou o PT por defender o financiamento público de campanha, mas aceitar doações privadas. Foto: Andre Dusek/Estadão

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Ao deixar o local sem ao menos conseguir discursar, Cunha atribuiu ao PT a organização do ato e disse que o PMDB não ia aceitar ser constrangido.

"Quando eles vêm fazer baderna, eles têm um objetivo político. O PT não vai constranger o PMDB pelo País. O PMDB não vai aceitar ser contrangido pelo PT. Esse é o recado que nós estamos dando", afirmou.

Questionado se essas críticas teriam o aval do vice-presidente Michel Temer, que esta semana assumiu a coordenação político do governo com a missão de por fim à crise entre governo e PMDB, Cunha respondeu com uma ironia: "Vossa Excelência pergunte isso a ele".

O presidente da Câmara também criticou o PT por defender o financiamento público de campanha, mas aceitar doações privadas. Ele afirmou ainda que as pessoas deveriam ter protestado e cobrado explicações quando o tesoureiro do PT, Cândido Vaccari, prestava seu depoimento durante a CPI Petrobrás, na última quinta-feira.

"Esses movimentos deveriam estar lá contestando e cobrando a apuração da corrupção e não estar aqui tentando impedir o debate da reforma política", disse.

Cunha tem rodado o País para discutir temas como a reforma política nos Estados. Por onde já passou, foi recebido com protestos. No dia 27 de março, foi vaiado em São Paulo. Dias depois, o mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul.

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