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PMDB não terá ministério antes da votação das reformas, diz Dirceu

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afastou qualquer possibilidade de o PMDB vir a ocupar um cargo em ministério antes da votação das reformas. Segundo o ministro, não passam de especulações as notícias de que haveria remanejamento da equipe para acomodar partidários do PMDB. "É tudo especulação. Não há nada. Agora é tinta e papel branco, qualquer coisa pode ser colocada no papel." Indagado se poderia ocorrer mudança ministerial antes das reformas, Dirceu foi taxativo: "Nenhuma, zero". O ministro confirmou que na semana que vem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá encontro com as bancadas do PMDB na Câmara e no Senado. Dirceu deixou claro que, com o acordo feito ontem que resultou na indicação do senador Amir Lando (PMDB-RO) para o cargo de líder do governo no Congresso, o governo terá maioria no Senado. Ele disse que em relação à Câmara, o líder do governo Aldo Rebelo (PCdoB-SP) está negociando com o líder do PMDB Eunício Oliveira (CE) para garantir espaço ao partido em funções de relevância. Frágil O presidente do PT, José Genoino, negou que esteja em discussão a entrega de ministérios ao PMDB e rebateu a afirmação de que o acordo é frágil. Ele disse que a negociação é política e que estão sendo discutidas propostas pontuais. "O ministério não está na agenda no momento", reafirmou. A respeito da posição contrária a alguns itens da reforma por parte de alguns integrantes do partido, Genoino disse que, no PT, "todos somos radicais, porque queremos ir à raiz dos problemas. Sou um reformista radical. Ser de esquerda significa mudar o status quo. Não podemos defender a esquerda e ao mesmo tempo defender a previdência como ela está hoje", afirmou. Genoino disse que pretende, como presidente do partido, manter a riqueza dos debates. "Mas o PT tem que entender que tem 23 anos de atividades e só chegou onde chegou porque não é um aglomerado de pessoas. Debateu e decidiu, é lei. Tem que cumprir", afirmou. Genoino lembrou que já chegou a ser minoria dentro do partido em algumas discussões, mas que nunca votou contra a decisão.

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