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PMDB não deve apoiar criação de CPI contra Yeda

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Por AE
Atualização:

O PMDB do Rio Grande do Sul tem motivos próprios para não querer a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que a oposição está tentando viabilizar a fim de apurar supostas irregularidades que a governadora Yeda Crusius (PSDB) teria permitido na campanha eleitoral de 2006 e durante sua gestão. Com cargos na administração estadual, o partido entende que deve garantir a governabilidade para Yeda pelo menos enquanto não aparecerem provas que justifiquem a investigação parlamentar. E também trata de se proteger, porque o requerimento inclui a busca de informações da Operação Solidária, da Polícia Federal, que tem entre os investigados seus deputados estaduais Marco Alba e Alceu Moreira e seu deputado federal Eliseu Padilha. Além disso, uma CPI daria aos adversários do PT, que vão enfrentar em 2010, o palanque antecipado dos holofotes. Os peemedebistas gaúchos refutam a tese de que estariam blindando Yeda por acordo com o PSDB nacional de olho em 2010. A hipótese começou a ser ventilada em Brasília nesta semana, depois de tucanos admitirem que avaliam alternativas para o naufrágio da reeleição de Yeda. Como o PMDB busca acordos por Estados, o apoio à CPI poderia sacrificar sua participação na disputa gaúcha, em troca do palanque que ofereceria para os governadores tucanos José Serra ou Aécio Neves. Só que o partido já está dividido.O senador Pedro Simon, líder estadual do PMDB, alavanca um movimento por candidato próprio à Presidência da República e não admite tratar de alianças. ?Falar disso agora é piada grosseira?, afirmou. O deputado federal Eliseu Padilha, por sua vez, já fez campanhas ao lado de tucanos e tende a estar ao lado deles em 2010. Mas seu colega, Mendes Ribeiro Filho, tem posição favorável a Dilma Rousseff. No PSDB, uma aliança vinculada à CPI e a 2010 também é refutada. ?Se um tucano se arvorou a dizer isso, não representou a posição do partido?, afirmou o vice-presidente da Executiva Nacional Cláudio Diaz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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