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PMDB mede forças com o governo no caso das MPs

Por Denise Madueño
Atualização:

O PMDB e o governo travam uma queda de braço em torno da votação de duas medidas provisórias na Câmara em meio à insatisfação do partido, que busca espaço na coordenação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o fim das demissões de afilhados políticos na Infraero. O PMDB poderá transferir para Lula o desgaste político de vetar condições mais favoráveis para o pagamento de dívidas de empresas e dos municípios com a União, gerando descontentamento entre os prefeitos. No centro do cabo de guerra estão as duas medidas provisórias: a 449, que parcela dívidas com a União, e a 457, de renegociação dos débitos dos municípios com a Previdência. Os relatores das duas MPs em negociação são peemedebistas e incluíram no texto a correção das parcelas das dívidas pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6,25% ao ano, contrariando o governo, que quer a indexação pela taxa Selic, hoje de 10,25% ao ano. Em reunião com líderes do PMDB e do PT, ontem, Lula deixou claro que a correção será pela Selic, sinalizando com o veto caso a Câmara mantenha o indexador mais favorável aos devedores. A TJLP, incluída pela relatora, Rose de Freitas (PMDB-ES), foi aprovada na votação do texto base da MP 457. O relator da MP 449, Tadeu Filippelli (PMDB-DF), também incluiu o indexador no parcelamento de dívidas tributárias com a União.

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