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PMDB fecha a favor da CPMF; Renan se abstém em decisão

Senador afirmou que se absteve para evitar especulações de que faz pressão entre os peemedebistas por CPMF

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Por Cida Fontes
Atualização:

A bancada do PMDB no Senado decidiu nesta quarta-feira, 7, fechar questão em favor da prorrogação da cobrança da CPMF até 2011. Dois senadores se abstiveram: Renan Calheiros(AL) - presidente licenciado do Senado - e Pedro Simon(RS). Já se manifestaram publicamente contra a CPMF os senadores Jarbas Vasconcelos(PE) e Mão Santa(PI). O PMDB tem hoje 20 senadores.   Renan afirmou que se absteve para evitar especulações de que estaria fazendo pressão entre os peemedebistas para aprovar a prorrogação da CPMF. Mas assegurou que vai votar a favor da prorrogação.   Veja Também:    Entenda como é a cobrança da CPMF  Veja a proposta do governo sobre a CPMF apresentada ao PSDB PSDB encerra negociação e decide votar contra CPMF PSDB recusa proposta do governo de isentar CPMF até R$4.340 Governo atacará no 'varejo' para conseguir votar CPMF   O peemedebista disse ainda que o fechamento de questão da bancada do PMDB representa um gesto político. Ou seja, segundo ele, não implica punição aos senadores que não seguirem a decisão da bancada.   Além de Renan, também se absteve da decisão o senador Pedro Simon. O senador Mão Santa (PI) manifestou-se contra a prorrogação. O líder do PMDB, senador Valdir Raupp, vai fazer um discurso em plenário daqui a pouco para anunciar a posição da bancada e defender, em nome da bancada, a redução progressiva da alíquota da CPMF.   No varejo   Sem o PSDB, o governo também atacará no "varejo" para conseguir os votos necessários à aprovação, no Senado, da proposta de emenda constitucional que prorroga a cobrança da CPMF até 2011. "Vamos trabalhar no varejo e buscar o diálogo com os senadores", disse um auxiliar do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Após a decisão anunciada na última terça-feira pela bancada do PSDB de rejeitar a proposta de negociação apresentada pela equipe econômica do governo, a estratégia agora é reforçar os contatos individuais no Senado, com o apoio dos governadores do PSDB, e buscar uma coesão forte da base aliada, sobretudo com os senadores do PMDB.   O clima na equipe de Mantega foi de frustração após o anúncio da decisão do PSDB, depois de o governo ter cedido mais aos tucanos ampliando a isenção da CPMF para os trabalhadores com renda até R$ 4.340,00. A avaliação no governo é a de que as negociações ficaram mais difíceis, mas ainda há espaço para o diálogo, principalmente com a ajuda dos governadores favoráveis à prorrogação da CPMF, entre eles Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo).   Posição da bancada   Os principais líderes do PSDB consideram provável que o partido feche questão contra a prorrogação da CPMF em reunião da Executiva Nacional. O encontro ainda não foi marcado, mas, segundo expectativa de parlamentares tucanos, poderá ocorrer na próxima semana caso o governo federal use os governadores do PSDB para tentar flexibilizar a posição da bancada de senadores. Apenas dois votos favoráveis à CPMF de senadores tucanos seriam suficientes para garantir a vitória ao governo. Por outro lado, avaliam, essa hipótese abriria uma crise política no partido. Por isso, os líderes não acreditam que eventuais investidas dos governadores do PSDB junto a senadores possam resultar em mudança de posição da bancada. Isso só forçaria o fechamento de questão, obrigando todos a votarem unidos sob pena de punição partidária. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ressaltou que a posição dos governadores ao longo do processo foi "exemplar" e aposta que eles continuarão nesta postura. "Foi um comportamento exemplar de todos, respeitando a autonomia da bancada", disse, lembrando que, nas conversas com Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), ambos defendiam uma negociação boa para os Estados. "Mas essa proposta boa não apareceu", completou Virgílio.          

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