
13 de dezembro de 2009 | 13h49
Temer participa, em São Paulo, da convenção que vai eleger o dirigente do PMDB no Estado de São Paulo. O deputado federal Francisco Rossi, que defende candidatura própria em São Paulo, lançou uma chapa tentar enfraquecer o atual dirigente do partido no Estado, Orestes Quércia, que defende uma aliança com o PSDB e o DEM. Hoje, no entanto, Quércia falou que, se Requião se confirmar como candidato oficial do PMDB à presidência, a legenda nomeará um candidato próprio ao governo paulista. Em discurso, Quércia observou, no entanto, que a candidatura de Requião será "muito difícil", mas "nada é impossível na política".
A dissidência no partido foi chamada de "democracia interna" por Temer. "Essa democracia interna, ao invés de nos assustar, vai nos enaltecer." Segundo ele, é "razoável" a aliança com o PT, já que o PMDB tem sete ministérios no governo federal. "Este é um précompromisso que pode se concretizar ou não. Vamos levar a ideia de candidatura própria do PMDB na convenção partidária", destacou, em plenário, enquanto falava ao lado de Quércia e de Requião.
Sobre as denúncias de que estaria envolvido em esquema de corrupção, Temer atribui as acusações ao fato de seu nome ter sido cotado para vice da presidenciável Dilma Rousseff. "O tiroteio se voltou contra mim justamente depois de meu nome ter sido cotado. Não vai ser agora, depois de 35 anos de vida pública, que vou permitir que um estelionatário venha com ataques a minha pessoa", afirmou, referindo-se a Durval Barbosa, delator do suposto esquema de pagamento de propina envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Temer reiterou que recorrerá à Justiça para se defender.
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