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PMDB decide que terá candidato próprio a prefeito do Rio

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Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

O PMDB do Rio decidiu hoje que terá candidato próprio à sucessão do prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (DEM). No entanto, a definição do candidato ficou para a convenção do partido, no dia 22. A reunião do diretório estadual da legenda, dirigida pelo presidente regional da sigla e ex-secretário de Governo e Coordenação do Estado, Anthony Garotinho, foi precedida pela leitura, feita pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), de uma nota de desgravo ao ex-governador. Garotinho foi investigado pela Polícia Federal (PF) e denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por ligação com um esquema de corrupção de policiais civis envolvidos com a máfia dos caça-níqueis. Entre os acusados, está o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), chefe de Polícia Civil no governo Rosinha Garotinho (PMDB), que foi preso em maio. Na primeira aparição pública após o escândalo, o presidente do Diretório Estadual do PMDB do Rio e ex-governador acusou a PF de perseguição política. "A PF não pode ser a polícia do PT, mas a da sociedade, para punir quem deve punir", afirmou Garotinho, que sugeriu à corporação que investigue nomes como o do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e do ex-secretário nacional de Planejamento e Finanças do PT Delúbio Soares, protagonistas do escândalo do "mensalão". O presidente do Diretório Estadual do PMDB leu uma resolução da agremiação que decidiu, por unanimidade, revogar o acordo que o PMDB havia firmado com o DEM em setembro e voltar à tese da candidatura própria. A decisão também enterra a adesão do PMDB à candidatura do deputado estadual Alessandro Molon (PT), articulado pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e retirado pelo próprio na semana passada. Devem disputar a convenção peemedebista, no dia 22, três pré-candidatos: o ex-secretário de Turismo, Esporte e Lazer do Estado Eduardo Paes, o preferido de Cabral, o deputado federal Marcelo Itagiba, ligado a Garotinho, e o ator Jorge Coutinho, militante de uma corrente minoritária.

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