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PMDB de Quércia é assediado por Alckmin, Kassab e Marta em SP

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Por CARMEN MUNARI
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O PMDB está sendo assediado pelos três partidos com chances de concorrer à eleição para a prefeitura de São Paulo. Entre PSDB, Democratas e PT, a maior restrição fica com os petistas, diz Orestes Quércia, presidente do PMDB paulista. "Vamos continuar conversando, já que política é conversa", disse Quércia à Reuters, recém-chegado de viagem ao exterior. "Me dou bem com todos, só com o PT não tão bem." Ele conta que, após ser procurado, teve encontros com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que almeja a reeleição, com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), outro cotado, e com um deputado estadual petista ligado à ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT). Quércia afirma que os partidos não chegaram a fazer ofertas em troca de apoio para a eleição de outubro deste ano. Alertando que o PMDB ainda não definiu se terá candidato próprio na capital, Quércia diz que as negociações devem ser "mais longas" já que o pleito paulistano está vinculado a 2010, quando ocorrem as eleições presidenciais e para governador. Em relação ao PT, Quércia, que atua na política há mais de 40 anos, ainda se ressente da forte oposição da legenda quando foi governador (1987-1991). Sentiu-se perseguido pelas várias denúncias, mas diz que nada foi provado contra ele. Também não pesa em sua decisão o fato de o PMDB ser o principal parceiro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele faz restrições a esta aliança, como a falta de participação nas decisões do governo e a concentração do apoio em cargos. A legenda tem quatro ministérios e deve voltar a ocupar um quinto neste mês. "É preciso considerar a força do PMDB para um projeto alternativo para 2008 e 2010. Vou trabalhar isso no Estado", avalia Edinho Silva, novo presidente do PT paulista. O deputado federal Jilmar Tatto (SP), apoiador de Marta, chegou a dizer que o PMDB deve ocupar a vice-candidatura em uma chapa encabeçada pela petista. Para o deputado Silvio Torres (PSDB), ligado a Alckmin, "o PMDB tem o maior tempo na TV e é um nome forte". Ele estima que todo o processo "decanta até o final de março". (Reportagem de Carmen Munari; Edição de Mair Pena Neto)

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