PMDB concentra principais relatorias de MPs

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Por AE
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Insatisfeito com as demissões de parentes da cúpula peemedebista na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e às voltas com a busca por mais espaço no Executivo, o PMDB dispõe de um arsenal com capacidade de dificultar a vida do governo no Congresso. Estão nas mãos do PMDB as principais medidas provisórias à espera de votação na Câmara e no Senado. As quatro primeiras MPs na pauta do plenário da Câmara foram entregues pelo presidente da Casa, também peemedebista, Michel Temer (PMDB-SP), a relatores da bancada.A medida provisória que criou o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", tem como relator o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), cuja ex-mulher Mônica Azambuja foi afastada da Infraero. O PMDB deu uma mostra de seu poder de retaliação na semana passada. Na Câmara, na madrugada de quinta-feira, o PMDB se aliou ao DEM e impôs uma derrota ao governo durante a votação da medida provisória de renegociação da dívida previdenciária dos municípios. Foi aprovada uma alteração, sem o apoio do governo, que permite a todos os devedores pagar pelo maior prazo, ou seja, 20 anos, sem possibilidade de o governo conseguir receber em período menor, como previa o texto acordado.No Senado, o PT ficou sozinho na tentativa de conter as alterações na Medida Provisória 449 - que parcela dívidas com a União e virou um novo Refis -, feitas pelo relator, Francisco Dornelles (PP-RJ). O líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), cujo irmão e cunhada também foram afastados da Infraero, deixou a base votar contra as orientações do governo e acabou aprovada a permissão para que todas as dívidas sejam renegociadas em 15 anos. Contrariando o governo, os senadores também mantiveram a correção das dívidas pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Com as alterações, essa MP volta à Câmara, onde o relator deverá ser novamente o deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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