
17 de junho de 2010 | 19h45
A executiva nacional só não deu início ao processo de intervenção na terça-feira mesmo, porque a bancada catarinense argumentou que a decisão de Pinho Moreira foi unilateral e que o diretório estadual não fora consultado antes. Como o diretório se reuniu hoje e a situação permaneceu inalterada, a executiva nacional justificou a retomada do processo de intervenção com o argumento de que "não houve qualquer evolução do quadro político local".
A nota oficial do partido explicou que Pinho Moreira "insistiu em se reunir com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e com a candidata Dilma Rousseff, com quem assumiu compromisso de apoio eleitoral em Santa Catarina". Ponderou, também, que este compromisso assumido pelo diretório catarinense "gerou atitudes do PT em Estados onde havia empecilhos à coligação", e que estas atitudes "criaram condições para que a aliança nacional com o PMDB fosse realizada". A assessoria de imprensa do partido encerra a nota oficial dizendo que "a Executiva Nacional se vê obrigada a assegurar que, no processo político, palavras e compromissos assumidos sejam cumpridos integralmente".
Como os catarinenses mantiveram a convocação de convenção estadual no dia 26, a executiva também baixou uma "norma acessória", determinando que a convenção de Santa Catarina deve ser realizada no dia 30. A partir de agora, Pinho Moreira tem o prazo legal de oito dias para apresentar a defesa em nome do diretório local. Amigo de Temer que acompanha cada passo da executiva nacional, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que a situação é política e que a solução tem que ser política também. Segundo ele, o argumento "político" para a intervenção é o descumprimento do compromisso que Pinho Moreira assumiu com Temer e a candidata petista a presidente. "Não podemos começar uma aliança passando a imagem de pusilânimes", justifica Cunha.
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