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PMDB ameaçou deixar base de Dilma se Cid não deixasse cargo

Líder do partido, Leonardo Picciani pediu a saída após o ministro da Educação apontar para o presidente da Casa Eduardo Cunha e chamá-lo de 'achacador'; partido ameaçou deixar base do governo

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

Atualizado às 19h21

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Brasília - Antes de Cid Gomes ser demitido do ministério da Educação, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), pediu durante a sessão geral da Casa nesta quarta, que ele deixasse o cargo. Picciani chegou a afirmar que o PMDB deixaria a base de apoio do governo caso isso não ocorresse.

O pedido de Picciani foi feito logo depois de Cid Gomes dizer em plenário e, apontando para o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prefere ser chamado de mal-educado do que de achacador. Antes de apontar a Cunha, Cid chegou a pedir desculpas e disse que não tinha a intenção de agredir ninguém, "muito menos a instituição", mas disse sentir muito se alguém se enxergava nessa condição e "vestisse a carapuça".  "Não há base com a permanência dele. Não existirá base com o governo mantendo um ministro com este tipo de atitude", afirmou o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). "O PMDB fez a mais formal das afirmações. Afirmou da tribuna da Câmara dos Deputados que deseja e que espera do Poder Executivo uma manifestação a respeito do comportamento do ministro Cid Gomes", disse. "O ministro atacou não só toda a base do governo, como todo o conjunto da Casa, inclusive a oposição. Aqui não se trata de base ou não base. Trata-se de dar o respeito a esta Casa". Questionado sobre a ameaça, após deixar o plenário, Cid Gomes jogou a responsabilidade para Dilma. "Muito bem. A presidenta resolverá o que vai fazer. O lugar é dela, sempre foi dela e eu aceitei para servir porque acredito nela." Pouco depois, o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teria lhe telefonado e informado que Cid Gomes não é mais ministro. Em seu discurso, Cid disse que deputados que fazem parte do governo deveriam ter posição de coerência ou que "então larguem o osso, saiam do governo". "Aqui não temos base cega, temos base de apoio convicta", rebateu Picciani.

O ministro da Educacao Cid Gomes Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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