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PMDB abre mão da Previdência, mas ganha 6 ministérios de Dilma

Cid Gomes pode ficar com Educação e Kátia Abreu é confirmada pelo governo para a pasta da Agricultura

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Por João Domingos , Marcelo de Moraes , Lisandra Paraguassu e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Atualizado às 15h23

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A presidente Dilma Rousseff destinará seis ministérios para o PMDB na montagem do ministério do seu segundo governo. Como antecipou o Estado, o PMDB receberá Minas e Energia, com o senador Eduardo Braga (AM), Turismo, com o atual ministro Vinicius Lages, Agricultura, com a senadora Kátia Abreu (TO), Secretaria de Aviação Civil, com o deputado Eliseu Padilha (RS), Pesca, com o ex-deputado Hélder Barbalho (PA) e receberá também o controle da Secretaria de Portos. O titular da pasta será o deputado federal Edinho Araújo (SP).

Como recebeu Pesca, que estava com o PRB, e Portos, que estava ligado ao clã dos Gomes, do PROS, o PMDB abrirá mão do Ministério da Previdência Social. A expectativa é que a pasta fosse destinada ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ficará sem mandato. Mas o próprio PMDB não fazia questão de manter o controle desse ministério, que considerava de baixa visibilidade política.

Com a nova divisão feita por Dilma, o PMDB passa a controlar parte expressiva da infra-estrutura do governo, já que comandará Minas e Energia, Aviação Civil e Portos simultaneamente.

A negociação política entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que preside nacionalmente o PMDB, avançou bastante nas últimas horas. A confirmação do anúncio, porém, poderá esperar para ser feita em bloco na próxima semana pela presidente.

Agricultura. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) foi confirmada na pasta, apurou o Estado Foto: Celso Júnior/Estadão

Educação. A presidente Dilma reuniu atuais e futuros ministros para uma confraternização de final de ano no Palácio da Alvorada. Na lista de convidados, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), que deve ser confirmado como novo ministro da Educação.

A ida de Cid Gomes para o Ministério da Educação (MEC) marca a primeira vez que a pasta será entregue para um não petista nos 12 anos de governos Lula e Dilma. A pasta virou alvo de uma disputa interna do PT, que não queria abrir mão do controle do ministério, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões.

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Sobral, berço político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, é visto como um caso de sucesso na implantação de políticas educacionais no País, registrando bons índices. A presidente também sempre elogiou o programa de alfabetização na idade certa implantado no Estado, que serviu de referência nacional.

Defesa. O Ministério da Defesa deverá ser o destino do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Dilma conversou com ele e disse que está interessada em desenvolver os projetos da Calha Norte (nas fronteiras da Amazônia) e em fortalecer e modernizar as Forças Armadas. Ela perguntou ainda como é a relação dele com os militares. Ouviu que é boa, solidificada durante os oito anos de mandato. Wagner estudou no Colégio Militar, no Rio de Janeiro.

Wagner vinha sendo cotado para assumir o Ministério das Comunicações, com a missão de ser uma ponte do governo com os meios de comunicação. Mas houve pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que Dilma nomeasse o atual ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) para o lugar de Paulo Bernardo, que deixará o governo, de acordo com informações de assessores do Palácio do Planalto.

Lula considera que Berzoini é um dos poucos perfis que tocariam o projeto de fazer a regulação econômica da mídia, um sonho do PT reforçado pelo ex-presidente nos últimos anos.

Wagner ainda espera um telefone da presidente Dilma Rousseff confirmando o convite.

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