Em protesto contra o atraso no pagamento dos salários, a Polícia Militar do Espírito Santo não foi às ruas na Grande Vitória e municípios do sul do Espírito Santo nesta segunda-feira. Os policiais militares iniciaram o movimento de aquartelamento às 7h de hoje, com duração prevista de 24 horas. Eles se recusaram a sair às ruas e não houve policiamento ostensivo. Em assembléia na durante a tarde, os policiais civis do Estado também decidiram cruzar os braços até as 14 horas de hoje. No final da tarde a Secretaria Estadual da Fazenda divulgou nota anunciando o pagamento das parcelas atrasadas do contingenciamento dos salários, mas não deu sinais de quando pagará o mês de novembro. O anúncio de liberação das parcelas não motivou os policiais a voltar ao trabalho. A Associação de Cabos e Soldados da PM informou que o movimento deve durar até as 7h de terça-feira. "Somente com o atendimento de todas as nossas exigências voltaríamos ao trabalho antes das 24 horas previstas para o aquartelamento", disse o vice-presidente da associação, cabo Weverton Zimermann. Além dos salários de novembro e das parcelas do contingenciamento dos salários, os policiais também querem fim das punições, revisão das transferências, divulgação do cronograma de pagamento do mês de dezembro, depósito das consignações da associação e dos sindicatos e ressarcimento dos juros do crédito rotativo. O secretário estadual de Segurança Pública, Edson Ribeiro do Carmo, disse que determinou punição para os militares que se aquartelaram. "Eles serão punidos de acordo com a lei que não permite greve de policiais militares", afirmou o secretário. Somente dois tipos de ocorrências poderão ser atendidas pelos policiais durante o aquartelamento: problemas em presídios e alguma ameaça contra o governador ou a família dele. A guarda dos presídios também será mantida.