Plebiscito sobre venda da Vale tem 4 mil urnas em SP

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Por FELIPE MAIA
Atualização:

O plebiscito informal por possível anulação da privatização da Companhia Vale do Rio Doce está acontecendo em 4 mil urnas no Estado de São Paulo, de acordo com dados preliminares da organização do pleito, que envolve cerca de 60 entidades sociais. A capital paulista tem cerca de 500 locais de votação. A consulta popular, inicialmente programada para ocorrer entre sábado passado e sexta-feira, deve ser prorrogado até domingo, para aproveitar o feriado prolongado do Dia da Independência. O objetivo da consulta é fazer com que autoridades brasileiras anulem o leilão da Vale. O principal ponto de discórdia na privatização da companhia, ocorrida em maio de 1997, é o valor da venda: US$ 3,338 bilhões. "Com o resultado do plebiscito queremos pressionar o governo pela anulação do leilão", afirma Fátima Cristina Sandalhel, secretaria operativa da campanha no Estado. Ainda não há dados sobre a realização da votação no País, já que, segundo a organização, apenas seis Estados enviaram relatórios com esses dados. Em São Paulo, a votação deve ocorrer em 400 municípios. Estes números podem mudar durante a semana, já que o prazo para adesão ao movimento ainda está aberto. Na capital paulista, grande parte das urnas está localizado em paróquias, escolas estaduais e algumas católicas, universidades, praças e em locais próximos às estações do Metrô. Militantes das entidades sociais que apóiam o plebiscito, entre elas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE), fazem campanha nesses locais para angariar votos. A expectativa é que um milhão de pessoas votem no Estado. Apuração Os votos serão apurados pelos próprios realizadores do plebiscito em cada local e posteriormente computados em nível nacional. A expectativa é entregar os resultados a representes dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em Brasília, no dia 25 de setembro. Em São Paulo, a apuração deve estar pronta no dia 16 do mês que vem. No sábado, o PT decidiu, durante seu 3º Congresso Nacional, apoiar a realização da consulta pública. O partido deve organizar a coleta de votos nos diretórios municipais e zonais em todo o País.

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