Planos são contra proposta sobre descrendenciar médicos

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Por Agencia Estado
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A proposta do Ministério da Saúde de permitir que apenas os profissionais de saúde possam romper os contratos com as seguradoras é injusta, afirma o diretor de saúde da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), João Alceu Amoroso Lima. Segundo ele, as empresas precisam ter o direito de redimensionar as redes e, para isso, ter permissão para descredenciar médicos. Ele também critica a proposta de negar às empresas o direito de rejeitar médicos. "Você não pode forçar ninguém a aceitar todos os profissionais. Elas têm que credenciar médicos de acordo com suas demandas", afirma. Segundo ele, o problema é que as redes já estão superdimensionadas. "Já existem profissionais demais nas empresas, conseqüência do excesso de médicos no mercado", diz. "Até as associações de classe já admitem que o Brasil está formando mais médicos do que precisa. É isso que gera o desemprego médico e todos essas discussões." O diretor de saúde da Fenaseg critica a idéia de permitir aumentos automáticos dos honorários médicos. Segundo ele, o médico recebe, em média, R$ 32 por consulta. E esse valor foi reajustado em julho (os médicos afirmam que a maioria das empresas paga só R$ 20). "As pessoas acham que as empresas estão sentadas em um baú cheio de dinheiro, quando a verdade é que elas são gestoras dos recursos pagos pela população. Nossa intenção não é barrar aumentos, é a população que não pode pagar mais", afirma.

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