
26 de julho de 2011 | 08h57
Uma série de pedidos de aditivos contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos, estão sendo analisados pelo governo.
Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, para discutir as pressões dos empreiteiros que tocam as obras no São Francisco. O jornal Valor Econômico divulgou que a "enxurrada" de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta obra, chega a R$ 700 milhões.
Já os atrasos nos canteiros da Transnordestina já ocorriam no governo Lula. A ferrovia de 1.728 quilômetros de extensão, que ligará Eliseu Martins, no Piauí, ao porto de Pecém, no Ceará, deveria começar em 2007, mas só começou a sair do papel dois anos depois. O governo previa a conclusão da primeira etapa para 2012. Durante a campanha presidencial, o Planalto admitiu que o prazo tinha esticado para meados de 2013. A etapa inicial estava orçada em R$ 5,4 bilhões. Oficialmente, o governo mantém esse valor. Mas técnicos dos Transportes já falam em R$ 7 bilhões.
Por meio de sua assessoria, o Ministério dos Transportes explicou que os atrasos na Transnordestina ocorreram pela "incidência de intempéries", "ajustes administrativos ocasionados pela substituição de empreiteiras" e "tratativas ao processo de desapropriação decorrentes da dificuldade documental". O ministério explicou que, neste caso, não há o problema de pedidos de aditivos contratuais, pois o projeto é de natureza privada. A pasta ressalta, porém, que há uma solicitação de ampliação de investimento, atualmente em análise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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