Planalto anuncia advogado e major Jorge Antonio de Oliveira Francisco para Secretaria-Geral

General Floriano Peixoto, exonerado do cargo, irá para a presidência dos Correios

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Por Eduardo Rodrigues , Fabrício de Castro e Sandra Manfrini
Atualização:

BRASÍLIA - O Palácio do Planalto divulgou nota há pouco para anunciar o nome do advogado e major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Antonio de Oliveira Francisco para o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele assume o cargo no lugar do general Floriano Peixoto, que teve a exoneração anunciada na quinta-feira, 20. 

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Evaristo Sá/AFP

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Mas Floriano Peixoto não deixará o governo. Ele foi confirmado para a presidência dos Correios, no lugar do também general Juarez Cunha, demitido em público pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. 

O presidente Jair Bolsonaro fez pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto sobre a mudanças na manhã desta sexta, 21.  Ele afirmou que o major Jorge Oliveira é alguém que o acompanha "há mais de dez anos", uma pessoa acostumada com a burocracia e alguém que atua como uma espécie de "prefeito do Planalto". O novo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República ocupava desde o início do governo Bolsonaro a subchefia de Assuntos Jurídicos, que ficava até esta semana na Casa Civil. Com uma Medida Provisória editada na última quarta-feira, 19, a subchefia foi transferida para a Secretaria-Geral. Oliveira é especialista em Direito Público, Gestão de Segurança Pública e em assessoria e consultoria parlamentar. Formado em 1992 no Colégio Militar de Brasília, o major serviu por mais de 20 anos na Academia de Oficiais da PMDF. Também com formação em Direito, Oliveira foi transferido em 2013 para a reserva, iniciando atividade de advocacia, consultoria e assessoria jurídica.

O novo ministro atuou no Congresso Nacional como assessor parlamentar da PMDF, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e também como chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro.

Segunda troca. Jorge Antonio de Oliveira Francisco é o terceiro a ocupar o cargo em menos de seis meses de governo. Gustavo Bebianno, que assumiu a função no início da gestão Bolsonaro, foi demitido em fevereiro após desentendimentos com o presidente e com um de seus filhos, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC).

Além das mudanças na Secretaria-Geral, cinco outros chefes de ministérios, empresas públicas e órgãos ligados à administração federal deixaram ou foram demitidos no governo Jair Bolsonaro.

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