Planalto aliviado porque ACM não fala do governo

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Por Agencia Estado
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Em sua única aparição pública desta quinta-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso usou de ironia para fazer uma referência indireta ao depoimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e a crise no Senado. Em solenidade no Planalto, o presidente enfatizou que nem mesmo as restrições encontradas pelo governo, como "a desordem inflacionária e os ziguezagues da política internacional" foram obstáculos para que o governo expandisse e investisse no ensino fundamental. "Sem falar nas dificuldades menores que andam aqui por perto, sem falar dessa", acrescentou Fernando Henrique, sem conter uma risada discreta. O presidente evitou dar declarações diretas sobre o depoimento, mas o sentimento no Palácio do Planalto nas primeiras horas do depoimento de ACM era de alívio. "O senador não fez referências ao governo", disse um assessor palaciano. Por intermédio de seu porta-voz, Fernando Henrique admitiu que havia assistido a trechos do depoimento. Lamazière disse que o presidente não expressou, no entanto, comentários sobre o teor da fala. O briefing diário, no qual o porta-voz leva ao presidente perguntas dos jornalistas credenciados no Planalto foi cancelado "porque a agenda do presidente estava carregada". Durante a manhã de ontem Fernando Henrique permaneceu no Palácio da Alvorada e recebeu em audiência apenas o ex-governador de Minas Gerais, o tucano Eduardo Azeredo. O presidente só chegou ao Planalto por volta de 16h para participar da solenidade de lançamento do edital que garantirá verbas para modernização da infra-estrutura de universidades e instituições de pesquisa brasileiras. A solenidade começou com meia hora de atraso.

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