PL, PSC e Prona anunciam apoio à candidatura de Chinaglia

Petista recebeu 27 votos, e o candidato do PCdoB, deputado Aldo Rebelo, seis votos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Em votação realizada no final da tarde desta segunda-feira, em reunião conjunta, os deputados federais das bancadas do PL, do PSC e do Prona decidiram apoiar o candidato do PT à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP), líder do governo na Casa. Na reunião, realizada em uma das salas das comissões da Câmara, votaram 33 deputados. Chinaglia recebeu 27 votos, e o candidato do PC do B, deputado Aldo Rebelo (SP), seis votos. Foram aceitas nove declarações de voto enviadas à reunião. O PL e o Prona, com 35 deputados, formarão o Partido da República (PR) e se aliarão na Câmara ao PSC, que deve contar na próxima legislatura com oito ou nove deputados. Chinaglia se dirigiu à sala onde se reuniram os parlamentares das três bancadas para ser oficialmente informado do resultado. "Nosso desafio principal é termos a Câmara dos Deputados respeitada pelo povo brasileiro", disse Chinaglia ao agradecer o apoio, ao lado do líder do PL, um dos partidos envolvidos na crise do mensalão. O apoio formal das bancadas significará mais uma derrota para o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição. Chinaglia já conta com apoio formal do PT, PMDB e PSDB, apesar de Aldo declarar que tem votos de deputados em todos os partidos independentemente do apoio formal das bancadas. O PT prometeu ceder ao PL uma das vagas a que tem direito em troca deste apoio. Pela regra da proporcionalidade, o PL poderia indicar um terceiro suplente da mesa mas o PT, segundo disse Inocêncio, vai dar para o PL a quarta secretaria. A mesa tem sete cargos titulares - presidência, duas vice-presidência e quatro secretarias - além de quatro suplentes. José Dirceu Aliado do ex-deputado José Dirceu, Chinaglia negou que à frente da Câmara trabalharia pela anistia do ex-ministro forte do governo Lula, cassado no auge do escândalo do mensalão. Chinaglia comentou, porém, que se houver um projeto de iniciativa popular nesse sentido, a tarefa de qualquer presidente da instituição é submeter a proposta ao plenário. Chinaglia disse ainda não temer recuo do PSDB que lhe declarou apoio semana passada. Alguns integrantes do partido, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, querem que a decisão seja revista. Com Reuters Este texto foi ampliado às 21h25

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.