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Pizzolato tem primeira audiência de extradição na Justiça de Bolonha

Justiça italiana começa a avaliar caso de ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado por envolvimento no mensalão

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Por Andrei Netto
Atualização:
Henrique Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão Foto: Marcos de Paula/Estadão - 14.02.2008

Bolonha - Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão, chegou, nesta quinta-feira, 5, à Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, para a primeira audiência que analisará o pedido de extradição feito pelo Ministério Público Federal (MPF). Ele foi condenado por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato, mas fugiu para a Europa no ano passado antes de ser preso.

A audiência à Justiça de Bolonha estava inicialmente marcada para a manhã, depois para o meio-dia e, enfim, para as 14h30, horário local – 9h30 em Brasília. Pizzolato chegou em um camburão da polícia penitenciária italiana, que foi estacionado em um pátio interior do tribunal. Após alguns minutos de espera, ele foi retirado do veículo pela porta de trás e escoltado, algemado, por policiais, como mostram imagens obtidas com exclusividade pelo Estado.

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Pizzolato fugiu do País após ter pedido de prisão expedido em novembro. Em fevereiro, o ex-diretor foi capturado em Maranello, a 332 quilômetros de Roma, onde vivia com passaporte em nome de um irmão já morto.

O pedido de extradição se baseia em documentação enviada pelo MPF, nas quais também constam fotos de instituições penais brasileiras nas quais Pizzolato poderia cumprir pena caso seja de fato enviado ao Brasil. A defesa do ex-diretor do BB argumenta que, porque dispõe de nacionalidade italiana, ele não pode ser extraditado pelas autoridades italianas. Outra alegação é que Pizzolato teria sido vítima de um julgamento político.

Michelle Gentiloni, advogado italiano contratado pelo governo brasileiro para acompanhar o caso, afirmou, no final da manhã, que não acredita em um desfecho do caso ainda nesta quinta. A audiência na Corte de Apelações seria, assim, apenas o início da análise do processo de extradição.

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