Pistoleiros atacam acampamento do MST em Gália

Eles teriam agido a mando do dono de uma área vizinha a fazenda Boi Bravo, invadida pelo MST, pela disputa de uma mina de água que abastece a região

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Por Agencia Estado
Atualização:

Sete homens que estavam portando armas atacaram nesta quinta-feira um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no município de Gália, região de Marília, noroeste de São Paulo. Eles deram tiros para intimidar os sem-terra. Ninguém foi atingido. A milícia teria sido formada pelo dono de uma área vizinha da fazenda Boi Bravo, que foi invadida pelo MST. A Polícia Militar deteve as pessoas acusadas de fazer os disparos. Depois de ouvidos, os homens foram liberados. Segundo a polícia, não foram encontradas armas com o grupo. Na quarta-feira, um integrante do MST foi atingido por um golpe de faca de um dos homens contratados pelo fazendeiro. A disputa se deve a uma mina de água, situada na área invadida, e que abasteceria também a propriedade vizinha. O militante, que não teve sua identidade divulgada, foi atendido em um hospital da cidade. As 40 famílias invadiram a fazenda na última sexta-feira. De acordo com o MST, a área já foi desapropriada para fins de reforma agrária e falta apenas a distribuição dos lotes. Já o fazendeiro vizinho, segundo a polícia, alega que os sem-terra cortaram a tubulação de água que o atendia. As famílias aguardam a chegada, na sexta-feira, de representantes da Ouvidoria Agrária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para mediar o conflito.

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