Pioneirismo na melhoria da qualidade da democracia

Criada em 2012, RAPS tem como objetivo selecionar, capacitar e dar apoio a lideranças comprometidas com a transformação em um Brasil mais justo

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Por Fabiano Alcântara
1 min de leitura

Pautada pela diversidade e pelo fortalecimento da democracia, com melhoria em sua qualidade, a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) foi criada em 2012 com o objetivo de selecionar, capacitar e dar apoio a lideranças comprometidas com a transformação em um Brasil mais justo, com mais qualidade de vida, oportunidades a todos e que respeite os recursos naturais. Atualmente, reúne cerca de 580 lideranças de 28 partidos políticos. Do PSOL ao Novo, a organização abriga representantes de diferentes espectros ideológicos, sendo 134 com mandatos eletivos.

São seis senadores, 26 deputados federais, 26 deputados estaduais, dois deputados distritais, 54 vereadores, dois governadores, 14 prefeitos e quatro vice-prefeitos. Os membros são escolhidos por meio de um processo de seleção anual.

Neste ano, ocorreu um aumento de 104% na quantidade de pessoas que se inscreveram, chegando a 7.030 postulantes. “Um desafio para a gente é ampliar o número de pessoas que entram todos os anos. Já há muitos anos este número varia entre 60 e cem lideranças, o que é o máximo que nós conseguimos trabalhar com qualidade, mas é pouco perto do número de inscritos e do tamanho do Brasil”, comenta Mônica Sodré, cientista política e diretora-executiva da RAPS.

No seminário realizado na última quarta-feira, em Brasília, ela afirmou que, desde a sua fundação, a organização atraía mais homens, brancos e do Sudeste, mas que, neste ano, o quadro já havia ficado mais diverso e representativo, em termos de gênero, raça e origem geográfica.

Enquanto na última seleção os candidatos foram de 537 municípios, este ano foi de 1.421. A quantidade de negros e pardos também mais que dobrou, passando de 1.417 para 3.244 – representam 46%.

“Para nós, um próximo passo é garantir a perenidade, a sustentabilidade da RAPS, para que ela possa trazer mais pessoas. Isso é fundamental para mudança da democracia”, diz Mônica.

O processo busca políticos com mandato ou pessoas que pretendem se candidatar nos próximos anos, em todos os níveis de governo. Os selecionados podem ampliar seus conhecimentos sobre política institucional, participando de programas de imersão em mandatos legislativos e executivos e em campanhas eleitorais.

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Eles podem, também, trocar experiências com lideranças políticas de todo Brasil, fortalecendo e dando mais qualidade à democracia, a missão da entidade.

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