Pimenta da Veiga gastou mais do que arrecadou em campanha em MG

Candidato do PSDB derrotado no primeiro turno no Estado declarou à Justiça Eleitoral gastos R$ 2,7 milhões a mais que o arrecadado

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Por Marcelo Portela
Atualização:

Belo Horizonte - Os candidatos que disputaram o governo de Minas Gerais gastaram um total de R$ 86,7 milhões com as campanhas eleitorais. O valor é R$ 1,6 milhão menor que o total das arrecadações declaradas nas contas finais entregues até a noite de terça-feira, 4, à Justiça Eleitoral, de R$ 85,8 milhões. A diferença ficou por conta principalmente da candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), que declarou gastos de R$ 43,1 milhões, R$ 2,7 mi a mais que os R$ 40,4 arrecadados pelo tucano. O descompasso entre arrecadações e gastos totais foi menor por causa das contas do também ex-ministro Fernando Pimentel (PT), eleito em primeiro turno e cuja prestação de contas indicou despesas menores que as doações recebidas. Pelos dados encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), a campanha petista ao governo estadual gastou R$ 41,1 milhões dos R$ 42,9 milhões arrecadados. Na prestação de contas, o PT informou doações totais de R$ 53,4 milhões e despesas de R$ 52,1 milhões, mas os dados foram acompanhados de nota técnica explicando que a diferença se refere aos gastos com candidaturas proporcionais. No registro da candidatura, Pimentel declarou previsão de gastos R$ 42 milhões com a campanha, enquanto Pimenta da Veiga previu investimento de até R$ 60 milhões. O terceiro lugar no volume de arrecadação e gastos foi Tarcísio Delgado (PSB), que afirmou ter recebido doações que totalizam R$ 2,5 milhões, o mesmo valor investido na candidatura socialista. Já a campanha mais barata foi a de Cleide Donária (PCO), que declarou à Justiça Eleitoral ter gasto os R$ 1.218,33 arrecadados pela candidatura. O valor corresponde a 0,002% do custo da campanha vitoriosa do PT, cujo volume arrecadado é 3.521.213,46% superior ao da candidata operária. Além deles, também apresentaram as contas finais ao TRE-MG Eduardo Ferreira (PSDC), que declarou ter arrecadado R$ 12.400 e gastado R$ 12.614; Fidélis Alcântara (PSOL), que recebeu doações de R$ 17.522 e despesas de R$ 17.478; e Professor Túlio Lopes (PCB), com arrecadação de R$ 1.858 e gastos de R$ 1.843. André Alves (PHS) renunciou à candidatura no início da disputa e declarou não ter tido nenhuma arrecadação ou despesa. As dívidas das candidaturas são de responsabilidade dos diretórios locais dos partidos, que também ficam com as sobras de campanha.

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