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Picciani evita avaliar condições da relação do governo com a base aliada

Líder do PMDB na Câmara diz esperar que Lula 'tenha sido uma boa escolha' para a casa Civil; sobre a nomeação de Mauro Lopes para a Aviação Civil, o peemedebista disse que partido 'não deve perder tempo' discutindo

Foto do author Julia Lindner
Por Julia Lindner e Igor Gadelha
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), evitou avaliar nesta quinta-feira, 17, a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe Casa Civil. O peemedebista reforçou que cabe somente à presidente da República nomear ministros, mas, "como torce pelo País, espera que tenha sido uma boa escolha". Mais cedo, o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto suspendeu a posse do ex-presidente.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) Foto: EFE|Fernando Bizerra Jr

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"A regra normal é que o chefe do Executivo tenha liberdade para escolher seus auxiliares (...) Avaliar a escolha de ministros de Estado é uma tarefa exclusiva da presidente da República", declarou Picciani. Questionado se a divulgação de grampos telefônicos entre a presidente Dilma Rousseff e Lula, ontem, poderia estremecer a relação do governo com a base aliada, Picciani desconversou. "Os últimos acontecimentos levaram a um tensionamento da sociedade, muito mais do que da base."

Mauro Lopes. Sobre a posse do deputado federal Mauro Ribeiro Lopes (MG) como novo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, que foi criticada por alguns membros do partido, Picciani afirmou que "esse não é momento para o partido perder tempo com uma discussão como essa". A cerimônia de posse de Lopes ocorreu junto com a do ex-presidente Lula, na manhã desta quinta. O líder do PMDB defende que este é um momento de "serenidade".

Na convenção nacional do PMDB, no último dia 12, ficou determinado que os membros da legenda não poderiam aceitar cargos no Executivo em um prazo de até 30 dias, período e que a sigla analisaria um possível desembargue do governo. "O convite e o aceite de Mauro Lopes eram fatos anteriores à convenção do PMDB", justificou Picciani.