PUBLICIDADE

Picciani defende 'cautela' em relação a denúncias contra Cunha

Questionado se havia clima para que Cunha continuasse no comando da Casa, Picciani afirmou que 'ninguém pode ser culpado ou ter algum tipo de pena antecipada'

PUBLICIDADE

Por Carla Araujo e Daniel de Carvalho
Atualização:

Brasília - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que é preciso ter cautela em relação às denúncias envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que é preciso não fazer prejulgamentos. "O princípio que rege o Estado de direito, a Constituição brasileira, é o da presunção da inocência", disse. Cunha é investigado na Operação Lava Jato e nessa quarta foi apontado pelo Ministério Público da Suíça como detentor de contas no país. O órgão suíço enviou ao Brasil autos da investigação contra o presidente da Câmara por suspeita de lavagem e corrupção passiva.

PUBLICIDADE

Questionado se havia clima para que Cunha continuasse no comando da Casa, Picciani afirmou que "ninguém pode ser culpado ou ter algum tipo de pena antecipada". "Portanto, tem que se ter cautela", reforçou.

Mais cedo, um grupo de parlamentares do PT, PSOL, PSB, PMDB e Rede Sustentabilidade apresentou nesta quinta-feira um requerimento em que pede ao presidente da Câmara informações sobre investigações de supostas contas bancárias na Suíça em nome do deputado e de familiares dele.

O pedido também será apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e, caso Cunha não se manifeste até a próxima semana, os congressistas entregarão ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara uma solicitação para que o presidente da Casa exponha os dados bancários e fiscais. 

Para Picciani, não há nenhum impedimento para que Cunha continue no cargo. "Vamos ter calma, não há nenhum impedimento, as investigações têm transcorrido naturalmente e devem ser céleres, porque é de interesse de todos que isso seja célere, mas vamos preservar a presunção a inocência", reforçou. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.