Piauí e Maranhão têm os piores desempenhos

PUBLICIDADE

Por Ricardo Brandt
Atualização:

Os Estados do Piauí e do Maranhão são os dois com pior Indicador de Desenvolvimento Socioeconômico dos Estados (IDSE) em 2007, segundo o estudo realizado pela FGV Projetos. No caso do Piauí ele partiu em 2001 de um patamar de 2,9 (em uma escala de 0 a 100) para 11,4 em 2007, quando a média nacional foi de 42,1. O vetor que apresentou pior quadro de performance no período estudado foi quesitos de redução da pobreza e da desigualdade. O secretário estadual do Planejamento, Sérgio Miranda, afirma que em 2003 a educação era o principal gargalo para o governo. A média de escolaridade da população naquele ano era de 3,6 anos de estudo. "Quando assumimos, apenas 46 dos 226 municípios tinham escola de ensino médio. Hoje todas têm", afirma ele. Para Miranda, o grande desafio atualmente é um aumento ainda maior do poder de renda. No Maranhão, o estudo sugere que é preciso foco nas políticas voltadas à educação que houve evolução pouco significativa no período entre 2001 e 2007. Um dos itens que compõem o vetor educação é o período médio de estudos da população que era de 3,3 anos e variou apenas para 4,4 anos. Maranhão porém foi o Estado que no conjunto global de indicadores apresentou segunda melhor performance no período. O principal motor desse crescimento foi a evolução dos quesitos renda e saneamento. "Temos hoje R$ 64 bilhões em investimentos de grandes obras sendo realizadas no Estado, mas a realidade é que é muito difícil combater a pobreza", diz o secretário estadual de Planejamento e Orçamento, Gastão Vieira. O Rio Grande do Norte, apesar de ter conseguido deixar a faixa de Estados menos desenvolvidos entre 2001 e 2007, foi o que teve pior performance entre os demais da região. Os indicadores de moradia e saneamento são apontados pelo estudo da FGV como áreas que tiveram o pior desempenho. Alagoas, que registrou o segundo pior performance de políticas públicas, também teve os itens moradia e educação como principais gargalos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.