PFL terá candidato no Senado

Por Agencia Estado
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O PFL vai insistir na busca de uma terceira via na sucessão do Senado, fora do partido, mas, se não encontrar este nome até o dia 13, está disposto a lançar na disputa, em nome da unidade partidária, seu presidente nacional Jorge Bornhausen (SC). Em jantar dos senadores pefelistas na casa do líder Hugo Napoleão (PI), na terça-feira, Bornhausen deixou claro que aceita ir "para o sacrifício" para evitar o racha do partido entre as candidaturas do oposicionista Jefferson Peres (PDT-AM) e do presidente e líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), à presidência da Casa. "Estaríamos todos juntos com Sarney (o senador José Sarney, do PMDB), sem nenhuma dúvida, mas o fato é que isto não ocorreu e todas as nossas premissas foram falhando", disse Bornhausen na reunião que antecedeu o jantar, para concluir: "Diante deste momento difícil, eu me coloco à disposição do partido, em nome da unidade, e se eu tiver os 21 votos da bancada, me sentirei honrado". "Acordos escritos no gelo" A oferta, ainda que posta como última alternativa para a reta final da campanha, deixou em desespero o comando da campanha do líder pefelista Inocêncio Oliveira (PE) à presidência da Câmara. "O Senado é soberano para decidir seus destinos, mas, pelo compromisso assumido comigo, não é possível lançar uma candidatura do PFL lá", sustentou Inocêncio nesta quarta-feira à tarde. "Acordo comigo vale pela palavra e dispensa assinatura", emendou. Mas o Palácio do Planalto não está levando a sério as ameaças de pefelistas que falam em partir para a oposição ao governo, em parceria com o PT na Câmara, para facilitar a eleição do líder à presidência da Casa. "Os acertos feitos até agora não passam de acordos escritos no gelo", desdenha um interlocutor presidencial.

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