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PFL tenta agora convencer Mesa do Senado

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo sabendo das dificuldades, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), vai trabalhar agora junto aos integrantes da Mesa Diretora, formada por sete senadores, para reverter a cassação dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) aprovada hoje pelo Conselho de Ética, para que seja adotada como punição a perda temporária do mandato (suspensão). Na avaliação dos pefelistas, no entanto, a hipótese de renúncia tornou-se cristalina, já que, diante do resultado do Conselho, será difícil a Mesa tomar posição diferente da adotada pelo Conselho. Para que sua estratégia tenha êxito, o pefelista terá de minimizar o impacto das forças do PSDB e PMDB, que se uniram em favor da cassação dos dois senadores no Conselho de Ética. O presidente do PFL obteve sucesso nas gestões feitas junto à Mesa do Senado para que o regimento fosse cumprido na Mesa e o rito não fosse sumário. Mas não conseguiu que os cinco senadores do PFL votassem contra o relatório de Saturnino. A Mesa terá 15 dias para decidir se abre ou não o processo e o relator será o senador Carlos Wilson (PPS-PE), primeiro-secretário. Além de trabalhar em busca do cumprimento do regimento na Mesa, Bornhausen também deu amparo pessoal ao senador José Roberto Arruda. De seu gabinete, Arruda acompanhou a reunião do Conselho e o dirigente pefelista ocupou a sala de um assessor. Acompanhado do filho Marcos e de dois sobrinhos, Arruda mostrou-se surpreso com a decisão do presidente do Conselho de Ética, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), de autorizar que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) votasse no lugar de Arruda, apesar das restrições regimentais. "Ele está brigando para ser carrasco", comentou Arruda, referindo-se ao tucano. Antero nunca escondeu publicamente sua posição pela cassação de Arruda e ACM. Antes do acordo feito entre PSDB e PMDB pela eleição do senador Jader Barbalho (PMDB- PA) à presidência do Senado, o matogrossense tentou ser indicado pela bancada tucana para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Então líder do governo no Senado, Arruda foi contra e deu curso às negociações para eleger o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) para a CAE.

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