PFL hoje na TV, falando só de Roseana

Por Agencia Estado
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O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, apresentou à executiva nacional do partido o programa de 20 minutos que será exibido hoje no horário reservado à propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e TV. O programa será dedicado exclusivamente à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, fazendo uma trajetória de sua vida política e retratando, paralelamente, o avanço da mulher nas diversas categorias profissionais, até então reservadas aos homens. O PFL apresenta também dados de avanços na área social na administração de Roseana Sarney, deixando claro que ela está preparada para assumir a Presidência da República. No discurso que faz durante o programa, Roseana Sarney afirma que acredita na democracia como forma de governo. Ela defende o governo Fernando Henrique Cardoso, citando o progresso nas áreas de educação, saúde e meio ambiente, e admite a necessidade de algumas correções, como na área de segurança pública. A governadora defendeu ainda que é preciso aceitar as críticas, mas condenou o radicalismo. O programa do PFL traz também depoimentos da escritora Zélia Gattai, do carnavalesco Joãozinho Trinta, do poeta Ferreira Gullar e do escritor Josué Montello. Bornhausen e o PT O presidente do PFL disse hoje, em entrevista, que o "Brasil não está preparado para receber o PT e o PT não está preparado para administrar o país". Apesar de o nome da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, estar consolidado dentro do PFL como alternativa à sucessão presidencial, Bornhausen afirmou que seu partido continuará fazendo "todo o esforço possível" para manter a aliança que reelegeu o presidente Fernando Henrique nas próximas eleições. Depois de acompanhar Fernando Henrique, juntamente com os dirigentes do PSDB e PMDB, à Europa, o presidente do PFL reconheceu que a situação de seu partido é mais confortável, uma vez que Roseana vem aumentando sua popularidade. "É evidente que o partido está unido em torno da pré-candidatura de Roseana e hoje ela é a única mulher em condições de disputar a presidência da República", ressaltou o senador, depois de apresentar aos integrantes da Executiva Nacional o programa de 20 minutos que o PFL exibirá na TV com o objetivo de reforçar o nome da governadora em todo o país. Na última pesquisa encomendada pelo PFL, divulgada hoje pelo prefeito do Rio, César Maia, 64% dos entrevistados acham que está na hora de uma mulher ser presidente da República. Candidatura à presidência O candidato do governo à presidência da República será escolhido entre o dia 15 de fevereiro - quando o Congresso reinicia seus trabalhos legislativos - até o final de março de 2002, segundo Bornhausen. Além da divisão interna do PSDB, a situação não ficará clara antes do dia 20 de janeiro, quando o PMDB realiza as eleições prévias para escolher o candidato do partido à corrida presidencial. Uma das estratégias em curso pelos governistas seria facilitar a vitória do governador Itamar Franco, de Minas, e provocar o racha do partido. A possibilidade de Michel Temer disputar com Itamar ainda está sendo examinada. Mas, se derrotado, o deputado se enfraquece, inclusive, para manter-se no comando peemedebista. Na avaliação feita por Bornhausen, dois componentes serão fundamentais na definição de um eventual candidato da base aliada: suas condições eleitorais e competitividade. "Não é o momento de escolher candidatos e não vamos nos precipitar", prosseguiu, deixando claro que, apesar disso, o PFL seguirá seu roteiro, reforçando a campanha para popularizar o nome da governadora Roseana Sarney, do Maranhão, a alternativa dos liberais para o caso de fracasso das negociações em torno de um nome de consenso na base aliada. Ao relatar hoje à Executiva Nacional do PFL as conversas mantidas entre o presidente Fernando Henrique e os dirigentes partidários, Jorge Bornhausen ressaltou que cada partido fará sua estratégia individual enquanto aguarda a definição do PMDB. "Não sabemos se o PMDB vai participar da aliança", disse o senador.

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