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PFL empurra para abril decisão sobre aliança com PSDB

Bornhausen esteve reunido com Alckmin e admitiu que o acerto com os tucanos envolverá as disputas estaduais

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que a decisão do partido em se coligar com os tucanos na chapa que vai concorrer à Presidência da República só será definida em abril. Ele conversou por mais de uma hora e meia Palácio dos Bandeirantes com o governador de São Paulo e candidato escolhido do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin. Bornhausen indicou ser natural a coligação entre as duas legendas. "Não existe nenhum obstáculo para a coligação PFL-PSDB sob o ponto de vista político e perante a sociedade porque é auto explicável. Os dois partidos tiveram coerência de combater esse governo do PT", afirmou. A decisão pefelista dependerá, segundo Bornhausen, da decisão do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), em lançar candidatura presidencial e, ao mesmo tempo, do resultado das consultas que a direção do partido fará com os governadores, senadores e deputados. O senador adiantou que o prefeito Cesar Maia não colocou nenhuma barreira contra o nome de Alckmin, mas pediu para pensar "estrategicamente" durante esta semana se a melhor forma de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições deste ano seria a de coligação dos dois partidos no primeiro turno ou o lançamento das duas candidaturas. Hipóteses "Vamos examinar as duas hipóteses para ver o que é melhor e responderemos após ouvir os dirigentes do partido. Se definirmos pela coligação, apresentaremos os pontos básicos de um programa de governo", informou. Bornhausen insistiu que por ainda não haver uma decisão dentro do PFL, nenhum nome dentro da legenda foi cogitado para ser vice de Alckmin. Ele admitiu ainda que o acerto envolverá as campanhas estaduais passando, inclusive, pelo estado de São Paulo, pois além de assumir o governo do estado com a saída de Alckmin, com a posse do vice Cláudio Lembro, poderá administrar a Prefeitura paulistana, com Gilberto Kassab, se o tucano José Serra decidir disputar o governo estadual. Ele admitiu não ter sido "um fato agradável" a discussão da semana passada entre o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o vice-líder do PFL na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), mas ressalvou estar satisfeito com os esclarecimentos que Tasso deu em entrevistas nos últimos dias. Pauderney criticou a escolha de Alckmin como candidato.

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