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PFL dá prazo para deputados justificarem voto

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os deputados do PFL que votaram contra o salário mínimo de R$ 275, defendido pelo partido, terão oito dias para justificar seu procedimento. Previsto no estatuto do partido, esse prazo termina na próxima quinta-feira, segundo lembrou o senador Demóstenes Torres (GO), relator da representação feita pelo deputado Onyx Lorenzoni (RS) contra os colegas. O assunto foi examinando na reunião da Executiva realizada hoje. De acordo com o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a pena prevista para os filiados que ignorarem as diretrizes do partido pode ser de advertência, suspensão, expulsão ou perda de cargo partidário. No caso, Varella e Carneiro, ao rejeitarem o mínimo de R$ 275 - apresentado pelo deputado Cesar Maia, (RJ) com o aval do partido - terminaram avalizando a aprovação simbólica do valor de R$ 260 proposto pelo governo. Para Demóstenes, por se tratar de um procedimento disciplinar inaugural, seu relatório vai estabelecer ritos e penalidades para casos futuros. "Até por isso acho conveniente que seja dado amplo direito de defesa aos dois deputados", explicou. Ele adiantou que não deve recomendar punição para os pefelistas que não compareceram à sessão de votação do mínimo ou para os que se abstiveram de votar. O relator se prontificou a ouvir a bancada de Minas Gerais, após o recebimento da defesa, atendendo ao pedido do presidente do diretório regional, Eliseu Resende. Lael Varella e Cleuber Carneiro afirmaram que ainda não avaliaram a iniciativa do partido de puní-los. "Não cometi nenhum crime, nada constrange minha consciência, sou um parlamentar cioso de minha independência e liberdade", defendeu-se Carneiro. Já Varella , tem como principal álibi a conversa que disse ter tido com o líder José Carlos Aleluia (BA) no início da legislatura, acompanhado por Eliseu Resende. "Expliquei que, às vezes, tenho de votar de acordo com minhas convicções e que, se fosse o caso, deixaria o partido." Ele disse que o líder se mostrou compreensivo com a sua situação. Mas provocou: "Se eu sair (do PFL), tem um bocado de partidos me querendo, estou no quinto mandato no PFL e não estou preocupado com isso".

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