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PFL cerra fileiras e diz que ACM se sai bem

Por Agencia Estado
Atualização:

Dirigentes do PFL, sejam da ala carlista ou ligados ao presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen (SC), avaliam que ele está se saindo bem no depoimento que está prestando ao Conselho de Ética do Senado, e mantêm a defesa e a solidariedade ao líder baiano. "Acho que não há uma falta que justifique a cassação, e penso que é muito cedo para falar em renúncia, porque este jogo está apenas começando", resumiu o secretário-executivo do partido, Saulo Queiroz. Como a maior parte dos dirigentes nacionais pefelistas, Saulo deixou Brasília e assistiu o depoimento pela televisão, de São Paulo. Bornhausen e o vice-presidente da República, Marco Maciel, viajaram para o Rio, a pretexto de participarem do seminário Desenvolvimento das Telecomunicações na Ibero-América, uma promoção do próprio PFL. O líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), foi outro que preferiu ficar fora do Congresso e passar a tarde em casa, exatamente para fugir da obrigação de comentar o depoimento de ACM. Já os carlistas mantiveram-se a postos. Até o governador da Bahia, César Borges (PFL), fez questão de vir a Brasília para estar ao lado de seu padrinho político. "Não vejo nada que possa cassar os milhões de votos de ACM na Bahia", avaliou o governador, depois de extensos elogios à performance do senador baiano no depoimento ao Conselho. Borges afirma possuir pesquisas mostrando que ACM tem 74% da preferência do eleitorado, caso decidisse candidatar-se hoje ao governo da Bahia. E mais: "Tem a mim, governador do Estado, o prefeito da capital, dois senadores, 22 deputados federais, 42 deputados estaduais e 380 prefeitos". A seu ver, ficou claro que ACM não tem responsabilidade alguma sobre a fraude do painel de votação. "Estão fazendo uma tempestade à toa no Senado", insistiu. Na mesma linha, o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA) fez questão de salientar que ACM não cometeu nenhum ilícito, quando decidiu rasgar a lista em vez de denunciar o fato. "Ele estava preservando a instituição", defendeu.

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