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PF será "polícia de resultados", diz superintendente

Por Agencia Estado
Atualização:

O novo superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, delegado Francisco Baltazar da Silva, começa a enfrentar nesta segunda-feira o maior desafio de sua carreira: "Quero transformar a PF em uma polícia de resultados", anunciou. "Não quero uma polícia calcada sobre estatísticas frias, que em nada espelham a realidade dos fatos, mas uma mais técnica, especializada e eficiente; sou dos que acreditam que não há vitória do mal sobre o bem." Para Baltazar, "existem alguns delinqüentes que, em dado momento, sobrepujam a sociedade legalmente estabelecida em razão direta da própria desorganização das forças policiais." Empossado sexta-feira pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para conduzir a maior unidade da PF no País, Baltazar passou o fim de semana fechando os ajustes da administração e definindo os nomes para sua equipe - os chefes das delegacias que têm a missão de combater o contrabando, o narcotráfico internacional, a sonegação, as fraudes contra a Previdência e o crime do colarinho branco. "A violência e a injustiça social não podem sair vitoriosas nessa guerra suja." Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem escoltou em campanhas desde 1989, o delegado reiterou sua "repulsa ao narcotráfico". "Toda violência a que estamos submetidos nesses dias tem a sua raiz principal nessa modalidade criminosa", avalia Baltazar, de 52 anos, há 30 na instituição e que já dirigiu a Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Baltazar convocou organismos policiais, Receita Federal, Banco Central, INSS, agências reguladoras de concessão de serviço público, Judiciário e Ministério Público. "Plagiando um velho companheiro, o presidente Lula, a esperança vencerá a violência." De imediato, avisa: "Aos que pregarem a desunião interna, estarei atento para coibi-los; aos que não colocarem os interesses da Polícia Federal em primeiro plano, não encontrarão guarida nessa administração".

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