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PF retomará investigações sobre desvios do Finam

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dias depois de o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) ter sido preso e liberado, a Polícia Federal (PF) retomará as investigações sobre os desvios do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) na extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), hoje, em torno de R$ 1,7 bilhão. A PF fará uma nova devassa e abrirá inquéritos relacionados a todos projetos existentes, principalmente no Pará Tocantins e Amapá, onde existem suspeitas de envolvimento de antigos aliados de Jader. A prisão do ex-presidente do Senado era esperada entre os investigadores que atuam no caso, principalmente depois que vários empresários de Altamira (PA) - um dos redutos políticos do ex-senador - afirmaram que Jader teria sido beneficiado com recursos liberados para projetos. Um deles - Danny Gutzeit - chegou a revelar que o caminho para que o dinheiro chegasse a Jader era por meio do Ranário Touro Gigante, pertencente a Márcia Cristina Zaluth Centeno, mulher do ex-senador. Um dos primeiros passos da PF é transferir novamente o delegado federal Hélbio Dias Leite para Palmas. O policial, que chega amanhã (18) a Tocantins, foi quem presidiu a maior parte dos inquéritos relacionados aos desvios da Sudam. Possivelmente terça-feira (19), Leite avaliará os laudos periciais de documentos encontrados nos escritórios da contadora Maria Auxiliadora Barra Martins, que intermediava a aprovação de projetos na Sudam, e de Geraldo Pinto da Silva, que também tinha um escritório de assessoria aos empreendimentos, em Belém. A esperança de investigadores que atuam no caso é que, entre os documentos, haja provas concretas para incriminar Jader. Até agora, apenas anotações com as iniciais "JB", foram encontrados nos quase 1.500 quilos de papéis apreendidos em abril, em várias partes do País. Além disso, a PF tem pelo menos três depoimentos que apontam Jader como envolvido nos caso. Foram justamente os depoimentos que auxiliaram o Ministério Público Federal (MPF) no pedido de prisão preventiva contra o ex-senador, que passou pelo menos dez horas detido na superintendência da PF em Tocantins. Avaliação - Se pelo lado da PF as investigações recomeçarão, na alçada do MPF o relaxamento da prisão de Jader é tratado com cautela. Nenhum dos quatro procuradores que investigam a Sudam - de Tocantins, Pará, Mato Grosso e Maranhão - quiseram se pronunciar sobre o fato. Possivelmente até a próxima semana os representantes do MPF irão reunir-se para decidir como passarão a atuar.

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