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PF retoma investigações do caso Waldomiro Diniz

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal retoma nesta terça-feira as investigações do caso Waldomiro Diniz, paralisadas desde 30 de março devido a falhas na denúncia feita à justiça pelo Ministério Público, considerada precipitada. O delegado Antônio César Nunes, que comandou a primeira fase das investigações, reassumiu o inquérito e expedirá os primeiros atos ao longo desta semana. O primeiro convocado a depor deverá ser o consultor Rogério Buratti - ex-auxiliar de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto. Buratti foi indicado por Diniz para auxiliar a multinacional Gtech, que estava a renovar um contrato superfaturado com a Caixa Econômica Federal para operação da rede de loterias no País. Assinado em 1997 e prorrogado quatro vezes de forma irregular, o contrato foi renovado pela última vez em abril de 2003, pelo governo petista, por um prazo de 25 anos e renderá à empresa R$ 650 milhões em comissão, apesar de pareceres contrários da Consultoria Jurídica da Caixa e do Tribunal de Contas da União. O consultor teria cobrado uma propina entre R$ 15 e 20 milhões pela ajuda à Gtech, conforme as investigações. Também será convocada a depor a servidora Ana Cristina Moraes Sena, chefe de gabinete de Waldomiro no período em que ele trabalhou no Palácio do Planalto. Ana foi responsabilizada em sindicância pelo sumiço das agendas dos encontros em que o chefe teria praticado tráfico de influência. A sindicância foi determinada pelo ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, e comprovou que Waldomiro cometeu ato de improbidade administrativa a serviço do atual governo.

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