PUBLICIDADE

PF reforça vigilância entre muçulmanos e judeus

Por Agencia Estado
Atualização:

As autoridades policiais brasileiras resolveram intensificar a vigilância nas áreas onde existem maiores concentrações de emigrantes árabes, judeus e palestinos, principalmente em São Paulo e na fronteira com o Paraguai, por causa do recente ataque terrorista nos Estados Unidos. A Polícia Federal não revela nomes, mas fontes da cúpula da instituição admitem que existem pessoas supostamente ligadas a Osama bin Laden que estão sob vigilância. O milionário saudita, refugiado no Afeganistão, é um dos principais suspeitos de ter ordenado o atentado terrorista contra o World Trade Center, em Nova York, e o prédio do Pentágono, em Washington. Pelos levantamentos feitos pela PF, não há qualquer registro de possíveis atentados no Brasil, mas o problema maior é a entrada no País de supostos integrantes de frentes terroristas. Há dois anos, surgiu a suspeita da existência de dois integrantes do grupo extremista Hammas em Brasília. As investigações não foram concluídas, segundo um dos policiais que participou do caso. "Não temos informações de que terroristas tenham entrado no Brasil, mas escolhemos áreas no País para exercer um maior monitoramento", diz uma fonte da PF, classificando estes locais como "de maiores cuidados". Segundo investigações realizadas há alguns anos pela PF, os supostos grupos terroristas que estavam emigrando para a América do Sul tinham retaguarda da Máfia Russa, que estava financiando armamentos. "Tivemos a informação de que 85 maletas com explosivos altamente perigosos e até mesmo bombas bacteriológicas tinham sumido da Rússia, após o fim da Guerra Fria, e seriam negociadas com terroristas", diz um delegado que participou da investigação. Segundo ele, a CIA - a agência de inteligência americana - e o FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), colocaram grupos em todos os países para fazer uma operação varredura. "Estiveram no Brasil, inclusive, mas não houve avanços nas investigações", recorda o investigador.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.