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PF prende suposto sócio Cachoeira por ameaças

Por RUBENS SANTOS
Atualização:

A Policia Federal prendeu nesta sexta, pela manhã, Adriano Aprígio de Souza, sob acusação de ameaçar, por meio de mensagem via e-mail, a procuradora da República, Léia Batista de Oliveira, que investiga a máfia dos caça-níqueis em Goiás.No processo, conhecido por Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, os procuradores Léia Batista e Daniel Salgado denunciaram 81 pessoas por crime de sonegação fiscal, peculato, violação de sigilo e formação de quadrilha.De acordo com a PF, uma das três mensagens ameaçadoras, que foram recebidas pela procuradora, partiu da casa de Adriano em Anápolis, no interior de Goiás.Adriano de Souza é ex-cunhado de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como chefe da Máfia dos caça-níqueis, e que está preso desde o mês de fevereiro.O ex-cunhado é apontado como sócio oculto de Cachoeira na farmacêutica Vitapan, com sede em Anápolis. A empresa, de acordo com a denúncia da Polícia, teria sido empregada na lavagem de dinheiro.O delegado Raul Alexandre, da PF, afirmou que Adriano Aprígio de Souza ficará preso por um prazo de 10 dias, por ameaça e coação à procuradora. Explicou, ainda, que poderá sair antes, a partir de habeas corpus (HC). Ou, ver o prazo de prisão ampliado, a partir dos novos rumos das investigações."Rastreamos os e-mails e assim chegamos até o apartamento do Adriano", ressaltou o delegado. "Lá, além de efetuar a prisão também apreendemos um computador".Raul Alexandre afirmou, ainda, que a procuradora vem recebendo proteção policial e foi cercada por outras medidas de segurança.Comentou o delegado, Raul Alexandre, que as mensagens começaram a ser recebidas pela procuradora no dia 13 de junho. Eram todas ofensivas, ameaçadores, e empregaram "palavras de baixo calão", disse ele. O primeiro e-mail disse, entre outras coisas: "Não sou burro, sei que serei identificado, mas vou provar que sou inocente, que sou trabalhador e vítima ao ser equiparado aos demais denunciados"No segundo, dia 23 de junho, o autor frisou: "Sua vadia ainda vamos te pegar. Cuidado, você e sua família correm perigo"O teor e a data do terceiro e-mail não foram informados. Porém, o delegado da PF garante que pelo menos um dos três e-mails foi enviado a partir do apartamento onde mora Adriano Aprígio, em Anápolis, distante 64 quilômetros de Goiânia (GO).

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