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PF prende prefeito de Macapá

Por Agencia Estado
Atualização:

A "Operação Pororoca", deflagrada quinta-feira passada pela Polícia Federal, prendeu nesta madrugada o prefeito reeleito de Macapá, João Henrique Pimentel (PT). Ontem à noite também foi preso o prefeito da segunda maior cidade do estado do Amapá (Santana), Rosemiro Rocha (PL). Pimentel foi preso no município de Santarém (PA) e levado para Macapá, onde chegou algemado às 4h da madrugada (5h em Brasília). Há indícios de irregularidades em três obras executadas através de convênios entre a Prefeitura de Macapá e o governo federal, como a construção do Hospital do Câncer, orçado em R$ 6.341.138,00. As outras obras são um canal (R$ 2,9 milhões) e uma creche (R$ 190 mil). Em uma conversa gravada pela PF, o empresário Eduardo Correa, sócio proprietário da Método Norte Engenharia e considerado pela Polícia Federal como o "cabeça do esquema", diz ao seu sócio Francisco Leite que vai destinar parte dos recursos da obra do hospital do Câncer para pagamento de propina ao prefeito "a fim de acalmá-lo". Em dezembro do ano passado, Eduardo Correa disse ao prefeito João Henrique que teve de usar de muitos artifícios para conseguir recursos para a Prefeitura de Macapá. Para tanto teve que conversar com os deputados federais do Amapá, Hélio Esteves (PT), Benedito Dias (PP) e Davi Alcolumbre (PDT). Na gravação, o empresário explica ao prefeito que, da emenda para o Hospital do Câncer, já foram pagos R$ 680 mil e o restante ficaria inscrito em restos a pagar. Como, segundo o empresário, se estava pedindo "restos a pagar", seria necessário uma emenda do deputado Hélio Esteves de R$ 700 mil e outra de Benedito Dias de R$ 550 mil. Para resolver o problema, o prefeito João Henrique diz ao empresário que iria conversar com "um cara da saúde, o mais influente do partido, para agilizar o parecer".

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