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PF prende pessoas ligadas a Borges

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal prendeu hoje em Cuiabá quatro pessoas ligadas ao empresário José Osmar Borges, apontado como um dos maiores fraudadores da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), num montante que chega a casa dos R$ 133 milhões. O juiz da 2ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider, já decretou a prisão do empresário, proprietário do Grupo Saint Germany, que congrega várias empresas, com sede no Distrito Industrial de Cuiabá. O pedido de prisão foi solicitado pelo procurador da República, Pedro Taques. Agentes da Polícia Federal recolheram hoje vários documentos na empresa Prestimus Assessoria, que elaborava os projetos do empresário. Estão presas na sede da PF em Cuiabá as secretárias de José Osmar Borges, Ilma Martins Gustinelli e Sirlene Ferreira. Também já foi preso Alberto Couri Júnior, que se encontrava em Brasília. Couri Júnior é apontado como sócio de Borges em alguns empreendimentos fraudados. Outro preso é o advogado Jorge Jerônimo Gonzuo, dono da Prestimus. Na operação, também foram apreendidos, por determinação judicial, vários documentos das empresas de José Osmar Borges. As investigações realizadas pela Procuradoria da República no grupo controlado por José Osmar aparecem, entre outros, notas fiscais de compra de máquinas na Rondomaq, por R$ 486 mil. A Receita Federal foi à Rondomaq. Manuseando o talonário da empresa, encontrou aquela mesma nota com um valor de R$ 26,00. Há dados ainda que mostram a compra de três caminhões na firma Gravataí, por R$ 182 mil. No talonário da empresa, verificado pela Receita, está registrada a compra de um rolamento de R$ 132,00. O empresário também não conseguiu explicar ainda a existência de outra nota fiscal referente à compra de uma Toyota na empresa Canopus por R$ 42 mil. No original da empresa, aparece a aquisição de uma barra de ligação e pivô de limpador de pára-brisas, ao custo de R$ 15,00. Nota de compra de implementos agrícolas de R$ 111 mil, da firma Jocar, virou compra de peças de reposição para tratores de R$ 356,00. Para complicar, a revista Veja revelou na sua última edição a sociedade de José Osmar com o presidente do Senado Federal, Jader Barbalho. A prova, segundo a revista, se materializa num documento registrado na Junta Comercial do Pará, sob o número 980001001. A revista descreve a existência da extinta empresa Agropecuária Campo Maior, proprietária de terras a 100 quilômetros de Belém, a partir de uma série de alterações contratuais para encobrir a sociedade entre Jader Barbalho e José Osmar Borges, dono de três CPFs e três empresas em Mato Grosso, todas com projetos aprovados pela Sudam.

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