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PF prende 17 acusados de fraude contra o INSS no RS

Os funcionários faziam captação de clientes, atestados médicos falsos, instrução de pedido de aposentadoria e orientação para fraudar perícias

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 25, a Operação Com Dor, visando desarticular uma quadrilha de fraudadores contra a Previdência Social por meio de atestados médicos falsos, no Rio Grande do Sul. Pelo menos 17 pessoas já foram presas. Das fraudes apuradas, a PF já identificou um prejuízo de 6,7 milhões de reais ao INSS. O primeiro inquérito foi instaurado em 16 de novembro de 2004 para investigar o escritório da despachante previdenciária Patrícia Escudero, por falsificação de atestados médicos, principalmente por doenças psiquiátricas, utilizando nomes e registros de médicos sem que eles soubessem. Junto com ela, foram presos seu marido, Luciano Viana Haeser, e os funcionários Thomaz Pinheiro Neto, Edegar Jocelei Abdalla, Jorge Lokoski Abdalla, Luciano de Almeida Freitas, José Fernando da Silva Junqueira, Nádia Teresinha de Oliveira Machado, Zenilda da Cruz da Silva, Márcio da Silva Melo, Mário Jesus Peres de Melo e Gérson Luís Barbosa. Os funcionários eram responsáveis pela captação dos clientes e intermediação dos serviços, como obtenção dos atestados médicos falsos, instrução do processo de pedido de aposentadoria junto ao INSS e orientação aos pacientes sobre como se comportar nas perícias, com o intuito de ludibriar os médicos do INSS. Durante as investigações, a PF descobriu que a diretoria do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre recebiam do INSS auxílio-doença por incapacidade laboral, apesar de exercerem normalmente suas atividades profissionais na entidade. A organização era liderada pelo presidente do sindicato, Itibiriçá Acosta, e sua companheira Eliane D´Avila, com o envolvimento direto dos funcionários Janete D´Avila e Luiz Carlos Correa dos Santos e Luiz Fernando Mello de Araújo. A quadrilha contava com a colaboração do médico José Luiz Gruticki, que concedia atestados em favor dos clientes da organização, muitas vezes sem realizar a consulta com os supostos doentes. O médico Boris Nadvorny também é suspeito de participar do esquema.

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