A Polícia Federal (PF) prendeu 15 pessoas na manhã desta quinta-feira, 12, ao deflagrar a Operação de Volta para Pasárgada. De acordo com a PF, a operação visa também o cumprimento de 47 mandados de busca e apreensão, além do arresto de vários veículos de luxo e imóveis localizados nas cidades de Belo Horizonte e Juiz de Fora, em Minas Gerais; Angra dos Reis e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Das 15 prisões, sete foram preventivas e oito temporárias. Veja também: As ações da Polícia Federal no governo Lula A operação é resultante da análise do material da Operação Pasárgada, de abril do ano passado, quando a PF prendeu 50 pessoas, entre elas 17 prefeitos e um juiz federal, suspeitos de participar de um esquema de liberação irregular de verba do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Conforme a PF, a nova operação envolve situações referentes ao escritório de advocacia do principal lobista envolvido e as relações entre a prefeitura de Juiz de Fora e de outros municípios com empresas prestadoras de serviços contratadas sem licitação. A nova operação também tem por objetivo comprovar a origem do dinheiro apreendido na casa do prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PTB). Na residência do prefeito os gentes federais encontraram o montante de R$ 1,1 milhão em espécie e ele foi autuado em flagrante. Segundo a PF, no decorrer das investigações surgiam indícios de que o montante "não teria procedência lícita." Bejani já alegou que os recursos eram provenientes da venda da Fazenda Liberdade, no município vizinho de Ewbank da Câmara. Segundo o prefeito, a pequena propriedade (de 92,41 hectares) foi vendida por R$ 1,2 milhão ao diretor da Abdalla Agronegócios Ltda, Marcelo Abdalla da Silva. Em depoimento na PF, Abdalla da Silva confirmou o negócio, mas não reconheceu o dinheiro apreendido na casa de Bejani. Acabou indiciado. Os nomes dos suspeitos presos não foram divulgados. Delegados concederão entrevista coletiva na Superintendência Regional da Polícia Federal, na capital mineira.